sábado, 30 de maio de 2009

[Mochilão 6] Dia 10: Las Vegas

Acordamos cedo (8:30h) pra fazer uma excursão ao Grand Canyon. Acordamos estragados da night de ontem, pois dormimos só 4h. Tínhamos que estar às 9h em frente ao hotel. Nosso quarto ficava num anexo atrás do prédio principal. Pra chegar na portaria, tinha que atravessar todo o cassino, o que dava uns 10 minutos andando. Fui andando rápido e o Novello ficou pra trás. Quando cheguei na portaria, o ônibus já estava lá, com a motorista impaciente olhando o relógio. Cadê o Novello ? Tinha ficado pra trás e sumiu ! Me identifiquei para a motorista, disse que meu amigo ainda estava vindo, e ela disse que esperaria mais 5 minutos somente. Entrei no cassino e fiquei procurando por ele em cada canto, mas depois de 5 min ele felizmente apareceu. O ônibus ainda parou em vários hoteis até chegar ao aeroporto de North Las Vegas, onde operam as empresas de teco-tecos.

O Grand Canyon fica no estado vizinho do Arizona. É possível ir de Las Vegas para lá de ônibus, mas são cerca de 6h de viagem, e fazer um "bate-volta" é muito cansativo. Por isso preferimos pagar mais caro e ir de avião.

Eu esperava que fosse um teco-teco bem do fajuto, mas era bem maior do que eu pensava. Era um bimotor com capacidade para uns 30 passageiros.

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Sobrevoando um pequeno canyon, já próximo do Grand Ganyon:

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O Grand Canyon lá no fundo da foto, e a chuva caindo...

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O avião balançava pra caramba. Fiquei até meio enjoado. Foram apenas 40 min de vôo. Ao desembarcar, a surpresa: MUITO FRIO e chuva !!! Eu esperava um calorzão, até porque o Arizona é um grande desertão. O pior é que não havíamos levado casaco.

Um ônibus esperava o nosso grupo, de cerca de 30 pessoas. A guia era uma americana de origem indígena, bem simpática. Tinha traços fortes, lembrando muito uma mexicana. Metade do nosso grupo era de japoneses. Tinha uma outra guia japonesa no ônibus, que ficava traduzindo tudo que a motorista americana falava pra japonês. Ela parecia aquele ditador da Coréia do Norte, maior figura. O ônibus levou a gente pro Grand Canyon National Park, uma área enorme que tem vários pontos de observação. Primeiro paramos próximo a uma loja, onde compramos um casaco impermeável e uns souvenirs. O Novello falou que ia me esperar do lado de fora, e eu entrei na fila pra pagar. Quando saí da loja, cadê ele ? Procurei por todos os lados, e nada. E os japas também não estavam mais lá. Dei uma volta pelo lado de fora da loja, onde havia um ponto de observação do Canyon. A vista era maravilhosa, mesmo com chuva e vento.

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Uma casa típica dos índios Navajo:

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Dei uma caminhada pelo ponto de observação, que tinha uns 500m e dava pra ver o Canyon de vários ângulos. Aproveitei pra ver se achava o Novello, e nem sinal dele. Voltei pra loja, dei mais uma procurada, e nada. Resolvi voltar pro ônibus, mas aí veio o susto: cadê ele ??? Já tinha partido sem mim !!! Bateu o desespero. E agora ? Sem celular, sem passaporte ? Achei que fosse virar mendigo no Grand Canyon !!! hahahha. Já estava pensando no plano "B". Pensei em pegar um taxi e voltar pro aeroporto. Mas depois de uns 15 min, o ônibus apareceu de novo, só com a motorista. Ela me disse que "your friend was very upset and worried looking for you". hehehhe. O grupo estava num outro ponto de observação um pouco distante de onde eu estava. Fiquei conversando com a motorista, e ela me contou que nessa época chove muito lá. E que no inverno o Canyon fica todo nevado. Fiquei surpreso ao saber disso. Eu pensava que aquilo fosse um desertão sempre quente como o sertão nordestino. Ela adorou saber que eu era brasileiro, e disse que "you guys are very nice people". Tá bom, tá bom, ela deve falar isso pra qualquer um, de qualquer nacionalidade, só pra ganhar uma gorjetinha no final. Ainda mais que estava escrito num cartaz no pára-brisas, bem grande, "TIPS ARE WELCOME", em inglês e mais 5 línguas. Mas mesmo achei simpático da parte ela dizer isso.

Chegando no outro ponto de obsevação, a motorista falou que eu tinha 20 min pra ficar lá, e que o resto do grupo estava tirando fotos ali por perto. A vista nesse lugar era muito mais bonita. Fiquei impressionado. A natureza fez um belo trabalho ali.

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Gravei esse vídeo com a paisagem estonteante do Grand Canyon:

Encontrei com o Novello, que já estava muito bolado com o meu "sumiço". Voltamos pro ônibus, onde devoramos o lanche que tinham dado pra gente na excursão, uma pequena maleta, bem no estilo "comida de avião". Acabei dando $10 de gorjeta pra motorista, pois se não fosse ela, eu não estaria aqui escrevendo isso, teria virado mendigo no Arizona !!!

Decolamos de volta pra Las Vegas. Tirei uma foto sobrevoando a cidade, com os cassinos da Strip láaaaaaaa no fundo:

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Ao desembarcar, muito sol e calor de novo.

Encontramos com o Varela no hotel. Ele tinha passado o dia na piscina do Wynn, que segundo ele bombou muito, com varias mulheres de topless.

Nos arrumamos no hotel e fomos de taxi pro hotel Luxor, que tem a forma de uma pirâmide, e tem uma réplica da Esfinge (como ela era assim que foi construída há 4500 anos) e do obelisco de Luxor na porta. IRADO !

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Assistimos no teatro do Luxor ao espetáculo do Criss Angel (http://www.crissangel.com), um mágico do Cirque du Soleil. Achei muito legal, mas o Novello e o Varela não gostaram. Saimos de lá, e fomos no Excalibur, que é um hotel em forma de castelo medieval. Comemos num mexicano lá dentro, e compramos umas cervejas numa loja. Uma das vendedoras era brasileira (baiana), bem simpática, e adorou conversar com a gente em português.

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Las Vegas à noite é fascinante. As luzes dos hotéis-cassino fazem daquela cidade uma espécie de terra encantada dos adultos, fazendo jus ao título de "America's playground". Era nossa última noite lá. Pra cada lado que eu olhava, ficava mais fascinado.

Essas foram as últimas fotos que tirei da Las Vegas Boulevard à noite:

Hotel New York. Repare na fachada com o Empire State Building, o Chrysler Building, a estátua da Liberdade, e uma montanha russa enorme na frente dele. Ela entra pra DENTRO do hotel !!! Não dá pra ver na foto, mas em frente ao hotel tinha também uma réplica menor da Brooklyn Bridge.

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Hotel MGM Grand:

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A temática do MGM é obviamente aquele famoso leão que aparece no início dos filmes. Dentro do hotel, no meio do cassino, tem uma jaula enorme de vidro com um leão !

O cassino do MGM é sensacional ! Acho que é o maior de todos que vimos. Sentamos num bar, pedimos uma cerveja e jogamos blackjack eletrônico. Explico: nos cassinos de Las Vegas são comuns os bares com balcões onde as pessoas sentam pra beber algo e jogar num monitor que fica embutido no balcão, funcionando com "touch screen". Eu apostei $10 e cheguei a ganhar $40, mas perdi tudo. O que é mais difícil do blackjack é saber a hora de sair. Você ganha um pouco, se empolga e quer mais e mais, só que começa a perder, perder, acha que vai recuperar o preju, mas quando você vê, já perdeu tudo !!!

O que me impressionou também nesse cassino é que ele tinha uma área dedicada somente para apostas esportivas (basquete, futebol americano, baseball, etc). Os cassinos mais requintados também tinham uma área reservada para os "high rollers", que são os jogadores que apostam alto. É como se fosse uma "área VIP". Os cassinos ficavam lotados o tempo todo. Tinha uns jogos de carta que eu não fazia a menor idéia do que era.

Esse cassino é tão grande que a gente se perdeu na hora de sair. Não sabíamos onde era a saída.

Gravei esse vídeo com a cena inesquecível de Las Vegas à noite, em frente ao hotel New York:

Entramos na fila da boate LAX, no hotel Luxor, mas tinha um povo meio 2a divisão, então partimos pra Studio 54, no hotel MGM Grand, que era bem maneira. A night não estava bombando tanto como a LAVO e a TAO, mas foi maneiro assim mesmo. Na verdade o que atrapalhou é que a gente estava um bagaço, porque dormimos só 4 horas pra poder fazer o "bate-volta" pro Grand Canyon. Haja red bull !!!

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Achei engraçado que na night em Las Vegas tem várias mulheres usando aquelas coroas de princesa, como algumas meninas usam no carnaval aqui no Brasil. E outras usavam véu de noiva. O Varela contou que Las Vegas é um destino comum para despedidas de solteiro, tanto de mulheres como de homens.

Eu e Novello estávamos na pista, e de repente fomos cercados por um grupo de gordinhas, sendo que uma delas estava de véu, e uma outra, com um "bráulio" de borracha na mão. Ela estava bebaça, e ficava passando aquilo na cara de todo mundo, berrando "suck ! suuuuuck !" Figura !!! Mandou a gente dançar no meio da rodinha delas, e depois puxou mais uns outros caras pra dançar junto, mó comédia !!!! A gente ficou até umas 3 da manhã lá, e partimos pro "berço" !

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