domingo, 3 de junho de 2012

[Mochilão 9] Dia 19: Kiev - Lviv

Acordei bem na hora de fazer o checkout no albergue, às 11h. Deixei minha bagagem na recepção e saí pra comer alguma coisa.

Suco de “vishnevi” (cereja):

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Fui até a estação de trem pra emitir a minha passagem para Lviv. O caminho até lá era só de avenidas descendo colinas. Kiev é uma cidade cheia de colinas, o que torna o ato de caminhar ou andar de bibicleta meio cansativo. O metrô é bem útil exatamente por isso. Ao contrário das outras cidades que visitei nessa viagem, não vi ninguém andando de bicicleta pelas ruas de Kiev.

Uma avenida descendo uma ladeira:

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Vi bem mais mendigos e pedintes na Ucrânia que no Japão ou na Dinamarca. Muitas velhinhas pedindo esmola nas ruas. Mas a pobreza é bem menor que no Brasil. Não vi nenhuma criança pedindo esmola ou vendendo chiclete nas ruas de Kiev.

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Uma das matroshkas (micro-ônibus) que circulam pela cidade, muitas delas caindo aos pedaços.

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A estação central de trens de Kiev:

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Tinha impresso um voucher da passagem que comprei no site da empresa ucraniana de trens (www.uz.gov.ua) e fui no guichê trocar pela passagem impressa. A atendente não falava inglês e foi totalmente grossa. Me entregou um papel com umas coisas escritas em russo, uma caneta e falou alguma coisa que obviamente não entendi. Perguntei em russo se ela falava inglês (vy govorite pa anglitsky?), pois queria saber se era pra assinar meu nome. Ela resmungou alguma coisa, pegou meu passaporte, anotou o número dele no papel e jogou tudo no balcão. Quase que meu passaporte cai no chão. Não agradeceu e não falou mais nada. Eu já não me surpreendo mais com o tratamento ríspido e sem educação dado aos clientes nos países do leste europeu (uma herança clara do comunismo), mas quem não está acostumado e passa por isso pela primeira vez, fica chocado.

Minha passagem de trem estava com tudo escrito apenas em russo e ucraniano. Só deu pra entender a data, hora e o vagão, que por sorte é “vagon” no alfabeto cirílico. Custava muito colocar também em inglês ??

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Do outro lado da linha de trem, um bairro mais residencial com prédios da época do comunismo. Todos em mau estado de conservação e muito parecidos uns com os outros.

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Passei num supermercado perto da estação pra comprar algumas coisas. Quando estou conhecendo algum país novo, gosto de ir a um supermercado pra ver o que tem de diferente. Sempre acabo levando alguma coisa legal. Pena que não dá pra levar na bagagem tudo que eu gostaria.

Na prateleira de sucos, um monte de sabores diferentes. Já estou meio cansado da mesmisse dos sucos de caixinha que temos no Brasil. Queria mandar um carregamento de um desses sucos de cereja, pêra, cassis, romã e mirtilo lá pra casa. Será que eles fazem entregas à domicílio no Brasil ? :)

Cerveja Tchernigivskske long neck de 500 ml por apenas R$1 !!

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Que tal essa cerveja aqui, em garrafa pet de 2 litros ?

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Kvas:

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Caviar por apenas R$2:

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Comprei essa vodka de nome impronunciável por apenas R$6,50 !!

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Metrô de volta pro albergue, pois não ia rolar de subir todas aquelas ladeiras de volta. Uma máquina de vender fichas (passagens):

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Vi muita gente vendendo folhas de arruda pela cidade, principalmente perto das igrejas. Deve ser por causa da missa de domingo.

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Contagem regressiva para o início da Eurocopa:

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Entrei em duas filiais do Puzata Hata, aquele restaurante self service de comida ucraniana onde tinha almoçado nos outros dias, mas estavam todos lotados por ser domingo.

Encontrei esse outro restaurante similar (chamado Teremok), também self service com comida típica, que estava bem mais vazio. Fica na saída do metrô Poshtova Ploshcha. Muito bom e ainda mais barato que o Puzata Hata.

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Da mesma forma que no outro restaurante, ninguém falava inglês no Teremok, e as meninas que serviam ficavam toda hora perguntando coisas em russo. Eu só concordava (com “da” = “sim”) e ficava por isso mesmo. Essas meninas desse restaurante eram beeem mais simpáticas, sorridentes e educadas que as do Puzata Hata. Que diferença isso faz !

Voltei no albergue, peguei minhas mochilas e parti pra estação de trens.

O trem que peguei para Lviv fez o trajeto em 5h. É um trem de média velocidade (não chega a ser um trem-bala), não ultrapassando 160 km/h. Mas era um trem novo em folha, que foi estreado há poucos dias. O governo ucraniano comprou estes trens mais modernos para atender aos turistas que estão vindo para ver a Eurocopa, ligando as cidades que terão jogos. Os outros trens que vi na estação era bem velhos e devem ser bem mais lentos.

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Tomando suco de “granatovi” (romã):

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O trem estava bem vazio. Meu vagão não devia ter mais que 10 pessoas. Só há um horário por dia neste trem novo na linha Kiev-Lviv (18:20-23:20). A passagem custou 354 hryvnias (R$88).

Quando cheguei em Lviv estava chovendo muito. Dei um tempo na estação até a chuva dar uma diminuida, e peguei um taxi. Não gosto muito de pegar taxi no exterior, mas não tinha muita alternativa. Os taxis na Ucrânia não tem taxímetro. Tive que negociar o valor da corrida. Fechei por 50 hryvnias (R$12,50) a corrida até o meu albergue. O taxista não falava inglês, mas pelo menos o valor “fifty” ele entendeu.

O prédio do albergue (Leocity Hostel) era sinistro. Com 5 andares, foi construído na época do comunismo. Era bem velho e tinha um aspecto decadente. Por um momento achei que seria furada total este albergue e já estava pensando em procurar um hotel melhor, mas quando entrei nele, vi que por dentro era bem melhor do que eu imaginava. É na verdade é um apartamento normal de 3 quartos que foi convertido em albergue. Os outros apartamentos do prédio são residenciais.

A menina da recepção era simpática e falava um inglês bom. Me mostrou o quarto onde fiquei, com 4 camas. Estava vazio. Ou seja, fiz um ótimo negócio: paguei apenas 90 hryvnias a diária (R$22,50) pra ficar num quarto grande só pra mim ! Não tinha banheiro dentro, mas os dois banheiros do albergue eram bem limpos. A cozinha também era grande e podia usar tudo, inclusive a geladeira, caso eu quisesse comprar algo e guardar lá.

Só tomei uma ducha e fui dormir.

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