segunda-feira, 6 de junho de 2016

[Mochilão 15] Dia 12: Toronto


A frente fria foi embora e o sol voltou a brilhar em Toronto.

No café da manhã conversei com um coroa americano. Ele ficou surpreso quando eu disse que não temos manteiga de amendoim no Brasil. Ele disse que gosta de prepará-la em casa utilizando um triturador, e que quase todos os americanos e canadenses comem isso com pão no café da manhã. 

Peguei o metrô para a parte norte da cidade, descendo na estação Dupont. 

Esse bairro, conhecido como "The Annex", fica numa região nobre da cidade, com muitas town houses:







Centro de Cultura Indígena de Toronto:



A principal atração desta região é a Casa Loma, um palacete construído em 1911 que era a residência de uma das famílias mais ricas de Toronto. Durante a grande depressão de 1929 o proprietário passou por dificuldades financeiras e teve o palacete confiscado pela prefeitura por causa de dívidas. Depois de um ampla restauração, virou um museu, que é uma das principais atrações turísticas da cidade.  





A entrada custou $25 (R$67).

Interior do palacete:











Muitos filmes foram gravados lá:



Jardins do palacete:


A Spadina Avenue na entrada da Casa Loma. Repare na CN Tower láaaa no horizonte:



A algumas quadras de lá, na Bloor Street West, está Korea Town, o bairro coreano, com diversos restaurantes e lojas de produtos típicos:











Christie Pits Park:



Um pouco mais adiante na Bloor Street West, próximo a este parque, encontrei o Lalibela, um restaurante de comida da Etiópia. Não poderia perder a chance de sair mais um pouco da zona de conforto e experimentar a comida de um país tão exótico.







Painéis na parede:






A garçonete era a típica etíope, magra, mulata e com os olhos esbugalhados, como as maratonistas olímpicas que vemos na TV.  Me trouxe o cardápio. 

O primeiro contato com a culinária de um país exótico é sempre uma caixinha de surpresas. Você pode se dar muito bem, ou muito mal. É passar por aquela situação inusitada de abrir o cardápio e não ter a menor idéia de que escolher. O cardápio desse restaurante pelo menos trazia uma breve explicação em inglês de cada prato. Isso foi uma mão na roda. 

Resolvi pedir o "Lalibela Plate". Veio um prato enoooorme com carne de cordeiro, frango, ovos, tomate, verduras e uns legumes que não identifiquei o que eram. Tudo isso veio em cima de uma massa de panqueca bege. 



O detalhe interessante da cozinha etíope é que talheres não são usados para comer. Come-se com as mãos utilizando a massa de panqueca. Veio um outro prato com uma massa de panqueca extra. A garçonete entregou um lenço úmido de papel, como aquele que dão nos aviões antes das refeições para limpar as mãos.



Era muita comida. Não aguentei comer tudo. Daria para duas pessoas tranquilamente. Para ser bem sincero não gostei muito. A culinária grega, italiana e mexicana ainda são as minhas favoritas.

Uma coisa boa dos restaurantes no Canadá é que os garçons sempre deixam uma garrafa d'água (de torneira mesmo, não mineral) quando você chega e senta. Não precisa nem pedir. Em todos os restaurantes onde comi no Canadá isso aconteceu. Ah se no Brasil fosse assim... 

A conta deu $21 (R$56). 

Aquela região não chegava a ser uma "Little Ethiopia", mas tinha algumas lojas de produtos etíopes:




Peguei o metrô para o Harbourfront e entrei no The Loose Moose, um bar na Front Street. Eu havia combinado de tomar um chope com um amigo meu dominicano, o Eduardo, que está morando há alguns anos em Toronto. Trabalhamos juntos na Republica Dominicana em 2005.



Chope Canadian Lager 500ml ($8,50 = R$22,80):


Ele apareceu com um outro amigo dele colombiano que também trabalha na área de TI. Trocamos altas idéias. O Eduardo contou um pouco sobre o lado negativo de morar no Canadá. Muito se fala sobre as maravilhas do primeiro mundo, como a qualidade de vida, segurança, infraestrutura, retorno dos impostos, oportunidade para todos, etc etc, mas pouco sabemos sobre os problemas que existem lá. A primeira coisa que ele citou é meio óbvia: o frio desesperador no inverno, que pode chegar a -20 graus. Ele disse que as pessoas precisam até tomar vitamina D por causa do baixo contato com o sol. E o pior é o vento, que faz com que a sensação térmica seja ainda mais baixa. Outra coisa que ele comentou é que o sistema público de saúde é bom no atendimento a emergências, mas para conseguir uma consulta com um médico especialista você pode esperar meses. O alto valor dos imóveis é um outro problema lá, e ele comentou também sobre a qualidade do ensino fundamental nas escolas públicas onde os filhos dele estudam, quando comparadas às escolas particulares da Republica Dominicana. Enfim, o paraíso não existe. Cada lugar tem seus prós e contras.

Ficamos por lá até umas 22h.

Antes de voltar no hostel, passei na Subway e comi um sanduba ($5,60 = R$15)

2 comentários:

  1. Nunca vi restaurante ou loja etíope nem em Londres, impressionante a variedade de Toronto.
    Todo mundo tem deficiência em vitamina D, rs..., eu tomo três meses por ano, mesmo com a "lua" tropical.
    Os prós nossos são inferiores aos contras deles. Eu preferiria ter nascido no primeiro mundo do que aqui. Assim que me aposentar me pirulito para Portugal, aproveitar que a legislação portuguesa nos faculta o visto permanente de residência aos aposentados brasileiros que recebem uma aposentadoria igual ou superior ao salário mínimo português.

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