sexta-feira, 5 de junho de 2009

[Mochilão 6] Dia 16: Los Angeles

Tirei umas fotos do hotel que ficamos (Ramada Plaza LAX). Pagamos só $35 por pessoa a diária. Achei muito barato para o que o hotel oferece. Não valia nem a pena ficar em albergue, pois os preços começaram em $30.

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Toda a região onde fica o hotel é assim: só casas sem muros e grades, e muitos carros estacionados.

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Este é o Denny's, um diner ao lado do hotel onde comemos nosso "branch" (breakfast+lunch):

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Muitas calorias e gordura saturada logo de manhã. É, estamos mesmo em território americano.

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Essa é a cherry limonade, que é soda com sabor de cereja. Muito bom !

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Demos uma volta de carro pela cidade. Dirigi nosso brinquedinho novo pela primeira vez. O carro é SHOW DE BOLA !!! Eu nunca havia sequer entrado num conversível. Para padrões brasileiros, é uma supermáquina: motor 6 cilindros 3.3L e 210 cavalos, com câmbio automático. Dava gosto dirigir o bichinho. Pagamos apenas $457 na Hertz por uma semana de aluguel, incluindo seguro e tanque cheio. No Brasil, o aluguel de um Celta 1.0 básico SEM AR durante uma semana, incluindo o seguro, custa o equivalente a $489 !!! Chega a dar raiva como pagamos caro por porcaria no Brasil.

O Novello ligou o GPS que ele tinha comprado, e colocamos como destino a famosa praia de Santa Monica. Dava um pouco de medo dirigir numa cidade totalmente desconhecida, mas com GPS fica muito fácil chegar em qualquer lugar. Aliás, é impossível dirigir em Los Angeles sem um GPS, a menos que você conheça muito bem a cidade.

Respirei fundo, abaixei a capota e afundei o pé na tábua. O GPS mandou a gente entrar numa freeway que passava bem ao lado do hotel. Los Angeles é uma dessas cidades onde ter um carro se torna obrigatório. Sem um carro, você não é ninguém. Não chega a lugar nenhum. Praticamente não se vê pedestre. Todo mundo anda de carro. É uma cidade espalhada, onde tudo é longe, e nada se concentra num lugar só. Sim, existe transporte público (ônibus e metrô), mas não adianta muito, pois é um serviço muito limitado. A cidade é toda cortada por freeways (vias expressas). É como se tivesse umas 20 linhas amarelas dentro da cidade. São todas muito parecidas, então fica difícil saber o caminho correto sem um GPS.

Após uns 10 km na freeway, enfim saímos dela e paramos numa rua normal, com sinal, e pedestres atravessando. E logo avistamos o mar. Santa Monica oficialmente é uma cidade independente, mas é como se fosse tudo uma coisa só que chamamos de Los Angeles. A praia de Santa Monica é uma das mais famosas da California, por causa do seriado Baywatch.

Estacionamos o carro na Ocean Avenue, que é a "Vieira Souto" de lá:

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Tivemos nosso primeiro contato com um parquímetro. Eu realmente não esperava ver flanelinha ou guardador da CET-Rio com um talão de 2 dólares na California. O parquímetro tem um relógio que marca o tempo que você pode ficar estacionado. Para cada moeda de 25 cents que vc coloca nele, o tempo aumenta em 15 minutos. Colocamos $1,50 pra ficar 1h e meia estacionado. Os carros que são flagrados com tempo do parquímetro expirado são rebocados.

A Ocean Avenue é muito bonita, com prédios de alto padrão. No lugar do calçadão, essa avenida tem um parque (Palisades Park) cheio de palmeiras, banquinhos de madeira e uma ciclovia.

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Santa Monica é oficialmente onde termina a lendária Rota 66, rodovia que corta os EUA de leste a oeste, indo até Chicago.

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Essa praia tinha uma coisa que achei estranha. Pra chegar no mar, era preciso descer um barranco, pois a avenida e o Palisades Park fica numa parte mais alta.

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A parte baixa tinha um calçadão e uma ciclovia. A praia em si não era grande coisa. O tempo estava bom, estava sol e fazendo 24 graus, mas a praia estava vazia. O mar estava gelado. Uma placa avisava que era proibido consumir bebida alcoólica na areia. Também era probido vendedor ambulante. Esportes com bola, somente em lugares demarcados. Já imaginou praia sem cerveja e biscoito Globo no Rio ? Não tem a menor graça !!!

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Americanas com biquini "vovó Mafalda" jogando frescobol:

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Um posto de salvamento de madeira, como os que aparecem no seriado Baywatch, e o Pier de Santa Monica ao fundo:

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O Pacífico !!!

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O Pier de Santa Monica ficou famoso no filme "Um Dia de Furia". Na cena final, o Michael Douglas cai no mar e morre. Esse Pier é enorme, tem um restaurante, e até um parque de diversões com montanha russa e roda gigante.

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Os americanos adoram regras. "Fishing in designated areas only", "no alcohol in public areas", "no more than two fishing poles or two lines per person" ...

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Esse trecho da praia é conhecida como "Muscle Beach", onde a galera vai malhar.

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A 3 quadras da praia fica a Third Street Promenade, uma chamosa rua de pedestres cheia de bares, lojas e restaurantes, bem ao estilo da Rua das Pedras de Búzios.

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Ao lado de Santa Monica fica Venice, a praia vizinha, que oficialmente é uma outra cidade, mas é como ir do Leblon a Ipanema. Também tem calcação com ciclovia, e ao contrário de Santa Monica, é uma praia "normal", ou seja, não tem que descer um barranco para chegar no mar.

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O calçadão de Venice tem um muitos vendedores hippies, como os que costumam aparecer no calçadão de Ipanema. Muita gente caminhando e patinando. Tem também outras figuras exóticas, como um velhinho barbudo que ia patinando e tocando uma guitarra.

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Mais regras no calçadão ! É proibido: consumir bebida alcoólica, andar de bicicleta no calçadão, caminhar na ciclovia, cachorro só em horários determinados.

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Venice também tem um pier, bem mais modesto que o de Santa Monica.

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Voltamos pro hotel quando o sol já estava se pondo.

Dirigir em Los Angeles é uma esperiência única não só por causa das várias freeways, mas também pelas regras de trânsito diferentes. Nos cruzamentos sem sinal, onde há placas de STOP, espera-se que você realmente pare, mesmo que não venha nenhum carro, e que não tenha nenhum pedestre atravessando. Em Santa Monica, o Novello não parou num dos cruzamentos onde estava escrito STOP no asfalto, e vinha um outro carro atravessando. O outro carro não parou, e quase batemos nele. O cara ficou furioso, abriu a janela e ficou gesticulando. Novello só falava "sorry, sorry, sorry !". Reparamos também que, mesmo com o sinal fechado, é permitido avançar o sinal se for para dobrar a direita, mas somente se não tiver pedestre atravessando. Descobrimos isso porque ficamos parado no sinal vermelho na pista da direita, e os carros atrás da gente ficavam buzinando. Outra coisa diferente é a conversão à esquerda numa via de mão dupla. No Brasil, este tipo de cruzamento normalmente tem dois sinais: um para quem vai seguir em frente, e outro pra quem vai virar à esquerda. Em Los Angeles só existe um sinal, que é para quem vai seguir em frente. Quem vai virar à esquerda fica parado na pista da esquerda (exclusiva para isso), e só pode virar quando o sinal abrir. Tem que ficar no meio da pista esperando parar de vir carro na direção contrária. Descobrimos isso também depois de muitas buzinadas dos carros atrás da gente.

Jantamos no Denny's. Muitas, muuuuitas calorias. Comi um empanado de frango com onion rings, e pedi também o Oreo Blend Blaster, um milk shake de chocolate com pedacinhos de biscoito Oreo MUITO BOM....dá de 1000 a 0 no milk shake de ovomaltine do Bob's !!! E ainda vem com "refil", que é o tradicional "chorinho" (esse copo de metal do lado, na foto)

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Esse Denny's só tem coisa gostosa, mas tudo é altamente engordativo. Não é a tôa que os clientes que estavam nas mesas próximas eram todos gordos. Na mesa ao lado estavam sentadas duas obesas mórbidas, daquelas que tinham dificuldade de andar. E pareciam não estar muito preocupadas com a saúde, pois estavam devorando um prato enorme de batata fritas com bacon e cheddar. Los Angeles foi a cidade nos EUA onde mais vimos gordos. Além da má alimentação, o que agrava isso é que as pessoas caminham muito pouco. Os moradores de Los Angeles usam o carro até pra comprar pão a poucas quadras de casa.

Não rolou night, resolvemos ir dormir cedo pra aproveitar melhor o dia seguinte.

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