sábado, 29 de março de 2014

[Mochilão 11] Dia 23: Sydney - Rio

O despertador tocou às 6:30. O dia lá fora ainda estava amanhecendo. Vista da janela:



Fiz o checkout e fui andando pro aeroporto. Esse hotel fica perto do terminal 2 (doméstico), mas eu precisava chegar no terminal 1 (internacional). Não dava para ir andando. Nunca tinha visto um aeroporto onde é necessário pagar para ser transportado de um terminal para outro. A única maneira é pagando a passagem de trem ($5,40 = R$13), ou então pegando algum transfer de van (também pago). Eu não tinha mais nenhum dólar australiano na carteira, mas felizmente o caixa automático aceitava cartão de crédito:







Fiz o checkin e fui procurar algum lugar pra comer. O aeroporto de Sydney tem uma praça de alimentação enorme, e muitas lojas também. Parece um shopping.

Se os preços em Sydney são altos, imagina no aeroporto ? São simplesmente absurdos !! Que tal um sanduíche bem chinfrim de queijo, presunto e tomate por $9,50 (R$23) ?? 



Depois de dar uma pesquisada, descobri que os preços da Subway eram mais em conta. Comi um sanduíche lá por $5,75 (R$14).


O free shop do aeroporto de Sydney conseguiu uma proeza: ser mais caro que o do Galeão !!! Como uma garrafa de Absolut pode custar $29 (R$70) ?! Até os supermercados no Brasil vendem por um preço melhor.


Embarcando no voo da LAN às 9:30 da manhã.



Foram 3h de voo até Auckland, onde fizemos uma escala, mas todos os passageiros tinham que descer com toda a bagagem de mão, passar de novo no raio-x e aguardar a chamada para o embarque. Durante este tempo estavam limpando o avião.

Mais 11h de voo entre Auckland e Santiago.

Perdido no meio do Oceano Pacífico.


Ih, falta muuuuuito ainda ! :-(



Uma sensação muito louca por causa do fuso horário: o voo decolou às 16:15 de Auckland (hora local) e aterrisou em Santiago às 11:15 do mesmo dia !!! Ou seja, viajei no tempo, voltando 5h no passado, ehheheheh !!!

Na conexão em Santiago não passei pela imigração e por nenhum raio-x. Só entrei na sala de "pasajeros en tránsito" e procurei o portão de embarque. Na ida (Rio-Santiago-Auckland) acabei me enrolando no aeroporto, passei desnecessariamente pela imigração, e ainda tomei esporro da policial porque não tinha preenchido aquele papel que tem que entregar junto com o passaporte.

Aproveitei a conexão em Santiago para comer um sanduíche na Subway (4790 pesos chilenos = R$22). Não sabia se chamava aquilo de café da manhã, almoço ou jantar. No relógio do aeroporto eram 12:00 de sábado, mas no meu relógio, ainda com o horário de Sydney, já eram 3h da manhã de domingo (!!!)

Mais 4h de viagem e já estava chegando ao Rio. A restinga de Marambaia no pôr-do-sol:


23 horas depois de decolar de Sydney, desembarquei no Galeão moooorto, mas feliz por ter tido a oportunidade de realizar este sonho antigo: conhecer a Oceania !!

Algumas horas depois, o Morão avisou que chegou em casa são e salvo também, fazendo um trajeto bem mais longo, com conexão em Dubai.

E assim terminou a Missão Down Under, uma das viagens mais incríveis que já fiz !!

Deixo aqui alguns agradecimentos:

- Ao Morão e Numb2, pelo companherismo durante toda a viagem e por terem me aguentado durante 3 semanas. Vocês foram parceiros de viagem nota 1000 ! Quanto aprendizado, quantas aventuras, quantas histórias, quanta adrenalina, quanta diversão, quantos momentos daqueles que vai dar gosto contar para os netos !!! Se eu tivesse viajado sozinho, vcs sabem que não teria tido a metade da graça ! Valeu irmãos !!! "Ssssssstrêlia ! Mermão, tamo em New Zealand !!!"

- Ao Guilherme e Rachel, por terem sido anfitriões excepcionais em Sydney. Vocês foram incríveis !!! Ajudaram muito a gente com as caronas, dicas e levando a gente em lugares irados que dificilmente teríamos conhecido se não fossem vocês (Hurricane's Grill, Shelly Beach, Din Tai Fung, Glenmore, Löwenbräu Keller, e outros). Aprendi muito sobre a Austrália com vocês. Aquela "operação" que vcs bolaram para que a gente conseguisse conhecer Watsons Bay antes de ir pro aeroporto foi show !! Valeu por terem se preocupado tanto com a gente ! Quando estiverem no Rio, estamos aí para um chope !!

- À Astrid, pela companhia, pelos momentos divertidos misturando conversas em inglês, alemão e português, por todo o material turístico que vc enviou pelo correio antes da viagem, pelas dicas, e por ter nos recebido tão bem em Melbourne !! Valeu por tudo ! Danke Shön ! :-)

- À Deus, por ter me proporcionado este privilégio que poucos tiveram: conhecer lugares incríveis do outro lado do mundo, e por ter aprendido tanto com isso.

- A você, que teve paciência de ler todos os posts até o último dia, e se divertiu viajando junto com a gente !!

Termino post deixando um link interessante para vocês, de uma reportagem do jornal inglês The Telegraph. É sobre um estudo que comprova que viajar traz mais felicidade que comprar bens materiais. Eu sempre tive certeza disso ! :-)


Um abraço, e até o próximo mochilão "Operação Licancabur" em agosto, rumo ao Chile, Bolívia e Peru (2 semanas) !!!

sexta-feira, 28 de março de 2014

[Mochilão 11] Dia 22: Melbourne - Sydney


Meu último dia em Melbourne. Férias terminando. Vou de noite para Sydney e amanhã de manhã já embarco de volta pro Brasil. :-(

Fiz o checkout no hostel e deixei minha mochila no quarto de bagagens. O Morão continua no hostel até amanhã. O voo dele de volta pro Rio sai aqui de Melbourne.

Era uma manhã cinzenta e fria. O café da manhã foi no Wild Bean Cafe, uma loja de conveniência do posto ao lado do hostel: coissaint, muffin e suco de baunilha de caixinha ($9,45 = R$23):




Cruzando a ponte sobre o rio Yarra, indo em direção ao centro da cidade:


Um dos poucos ônibus que vi circulando pela cidade. Em Melbourne a grande maioria das pessoas se deslocam de bonde e trem.


O Queen Victoria Market é o mercado municipal de Melbourne. Ocupa uma área enorme e ali vende-se de tudo: souvenirs, roupas, hortifruti, queijos, doces. E tem uma praça de alimentação lá também.





 Kilo da banana mais barato que no Brasil, acredite se quiser !! $1,49 = R$3,60 !!!


Kilo da laranja por $0,80 (R$1,90), tambem mais barato que no Brasil ! E olha que somos, de longe, os maiores produtores de laranja do mundo. Como pode isso ? Surreal !


Queijos e doces:

Localizado ao lado do Queen Victoria Market, o Melbourne City Baths foi criado no século 19 pela prefeitura servindo como banheiro público. Foi uma tentativa de reduzir a poluição dos rios da cidade, já que a maioria das casas da época não tinham banheiro, e os dejetos eram jogados pelas pessoas diretamente nos rios. Atualmente o local é um centro aquático com piscina, spa e sauna.


Casas antigas no bairro de Carlton:


 Melbourne Museum, um museu de história natural semelhante ao Australian Museum de Sydney. A entrada custou $10 (R$24).



Esqueletos de dinossauros:


Uma lula gigante:

Uma das espécies de aranha mais venenosas da Austrália (Sydney Funnel-web Spider):



 Cangurus e walabies empalhados:




Ovos de dinossauro fossilizados:


 Como era uma típica casa australiana no século 19:



O banheiro era uma "casinha" do lado de fora:


Um aborígene:

 Escudos de aborigenes:


Mapa mostrando as mais de 500 "nações" aborigenes existentes até hoje na Austrália. Cada "nação" tem sua cultura, língua e leis próprias.



Canoa aborigene:

Um bonde antigo passando em frente ao parlamento:


Almoçamos no Gazi, um restaurante grego perto do parlamento.


O cardápio:



Infelizmente o restaurante não servia o meu prato grego favorito, a moussaka. De entrada, fritas com queijo feta:


 Pedi um slouvaki de carne, que lembra um kebab ($8,50 = R$20).

Lá pelas 18h voltamos pro hostel, onde busquei minha bagagem, e me despedi do Morão e da Astrid.

Peguei o ônibus rumo ao aeroporto. Meu voo partiu rumo a Sydney, onde cheguei às 22:30h.

Fui andando até o meu hotel, o Ibis Budget Sydney Airport, a uns 500m do terminal doméstico. Diária de $107 (R$256). Foi o hotel mais caro de toda a viagem, mas valeu a pena se hospedar do lado do aeroporto, já que meu voo de volta ao Brasil decola amanhã bem cedo (09:30).


Meu quarto:


Depois de tomar um banho, saí pra procurar alguma coisa pra comer. Em frente ao hotel tinha um McDonald's 24h, que sorte !! Pedi um McGrilled (frango), mas na hora de pagar, cadê que meu cartão passava ? E detalhe que eu não tinha mais nenhum dólar australiano na carteira. Tentei pagar com meus 2 cartões de crédito, e nada. Tentei com os dois de débito, e também não passaram. Falei para a caixa..."Vou ali tentar sacar um dinheiro e volto". Ela só disse "Take it, it's ok". Ou seja, acho que ela ficou com pena de mim, que teria que andar até o aeroporto pra sacar dinheiro e depois voltar aquilo tudo de novo, e me deu o sanduíche de graça ! hahahahah !!!

Fui dormir por volta de 1h da manhã, já tentando me preparar psicológicamente para as longas 23h de viagem entre Sydney e Rio, contando o tempo perdido nas escalas e conexões. 

quinta-feira, 27 de março de 2014

[Mochilão 11] Dia 21: Melbourne


Dia de conhecer a Great Ocean Road, famosa estrada que percorre o litoral do estado de Victoria (do qual Melbourne é capital), com paisagens incríveis, formações rochosas e falésias. Esta estrada é muitas vezes comparada à Pacific Coast Highway, na Califórnia. 



Tivemos que acordar cedo (6h) para pegar a van da excursão, que passou em frente ao hostel.


A van parou na estrada para servir o café da manhã. Estava garoando e fazendo frio:




 Tinha um monte de pássaros como esse por lá, com uma crista amarela:


Gaivotas:

 Alguns kilômetros adiante, paramos neste portal que marca o início da Great Ocean Road.



Monumento em homenagem aos soldados australianos que construíram os 243 Km da estrada após o término da 1a Guerra Mundial. A construção da estrada foi uma maneira que o governo australiano encontrou de dar emprego aos soldados depois que eles voltaram da guerra.


Uma praia cinzenta e chuvosa ao lado do portal que marca o início da estrada:



Mais adiante, paramos num outro lugar onde era possível ver coalas em árvores:





As árvores tinha muitos pássaros também, e eles pousavam nas pessoas:



No meio da estrada, o motorista gritou "Wild kangaroos !!!", e parou a van para a gente descer e ver os cangurus. Ele disse que naquela região não é comum ver cangurus selvagens. Eles estavam dentro de uma fazenda e eram muitos, uns 20. Pulamos a cerca e tentamos nos aproximar, mas os cangurus estavam assustados e se afastaram. Dei um zoom, e o máximo que consegui me aproximar deles foi isso:


Conhecemos duas alemãs gente boa na excursão e ficamos conversando com elas durante a viagem. Tinha um coroa canadense que não parava de falar. Nunca vi um velho tão tagarela. Depois de um tempo, estava todo mundo ficando já meio incomodado com ele.

Chegamos por volta do meio-dia a Cape Otway, onde almoçamos num pequeno restaurante. Estava incluido no preço da excursão:




O Cape Otway Lightstation, o farol mais antigo em funcionamento na Austrália (desde o século 19):


O "gerente" do farol me lembrava o personagem de algum filme que já vi... :-)





Vista do alto do farol:



Depois de mais de uma hora de estrada, chegamos à principal atração da Great Ocean Road: o Twelve Apostles, que são incríveis formações rochosas à beira-mar. O lugar estava cheio de ônibus, com muitos turistas. É a principal atração turística do estado de Victoria.






Cobras pelo caminho !! Felizmente não vi nenhuma :-)



A paisagem das falésias e das formações rochosas é realmente incrível, mas foi uma pena que o tempo estava cinzendo e chuvoso:






A próxima parada foi nessa praia com falésias e estalagtites:










Uma outra praia vizinha:





Chegamos de volta à Melbourne por volta das 21h.

Comemos na loja de conveniência ao lado do hostel (wrap e muffin por $9,50 = R$23) e fomos dar uma conferida no bar do nosso hostel:





Encontramos com a Astrid e fomos procurar algum bar legal no centro da cidade. Por volta de 1h da manhã tentamos entrar na Spice Market, uma boate que parecia estar bombando pelo movimento que tinha na porta, mas fomos barrados pelos segurança na entrada por causa da roupa !! Que fase !

Depois entramos no Rooftop Bar. O local tinha uma boate que parecia um trem fantasma, totalmente escura, sem falar que estava uma sauna lá dentro. No andar de cima tinha um bar estilo "festa estranha com gente esquisita". Não ficamos nem 10 minutos lá.

Mais peregrinação pelas ruas do centro de Melbourne. Já eram 2h da manhã quando entramos na Carlton Club, um bar/boate bem legal, mas que já estava vazio por ser uma quinta-feira. O problema é que acabamos atrasando muito para sair do bar do hostel, e perdemos o "timing" da noite. Uma pena, porque era a minha última noite na cidade. Só para não passar a noite em branco, ficamos um pouco lá na Carlton. Tomei uma cerveja Carlton Draught de 500ml por $11 (R$26). O lugar tinha uma decoração meio louca. Na entrada tinha uma ema empalhada (!!!):


Saímos de lá umas 2:30h e passamos no McDonald's. Comi um McChicken ($5 = R$12). Só tinha gente MUITO bêbada lá. Tinha uma menina bem nova, com uns 20 anos no máximo, que não aguentava nem andar direito. Fiquei impressionado como os australianos exageram na bebida. O alcoolismo virou problema de saúde pública lá.

Pegamos um taxi pra voltar pro hostel ($10 = R$24), porque já não tínhamos mais pernas pra andar 2Km.