segunda-feira, 24 de março de 2014

[Mochilão 11] Dia 18: Sydney

Acordei às 9h e o Numb2 já tinha ido para o aeroporto. Como as férias dele foram um pouco mais curtas que a minha e a do Morão, ele voltou pro Rio e não conheceu Melbourne.

O tempo estava feio, deu uma esfriada e estava com cara de que ia chover. Vista da janela do hotel:


Comprei meu café da manhã numa padaria: croissaint, cookie de chocolate e suco de laranja. Deu $8,40 (R$20).




Encontrei com o Morão e fomos no Australian Museum, que fica na rua do hotel (William Street), mais pra perto do centro da cidade. Este é um museu de história natural que não chega a ser tão bom quando o de Nova York, mas é muito interessante também. A entrada custou $24 (R$58). O curioso é que não fica ninguém conferindo na entrada para ver se você comprou o ingresso. Eles contam com a honestidade das pessoas, que sabem que o ingresso seria mais caro se o museu tivesse que contratar mais um funcionário (com salário australiano - $$$) para fazer esse controle. O museu estava cheio, com vários grupos de crianças uniformizadas.



Uma exposição sobre dinossauros:







Fóssil de ovos de dinossauro:


Uma telão projetando imagens de dinossauros atacando os visitantes do museu (no caso, eu e o Morão):





O esqueleto de uma ema e o de um pequeno dinossauro, mostrando uma incrível semelhança e provando que as aves evoluiram a partir dos dinossauros.


Parece uma mistura de galinha e dinossauro ? É uma espécie que existiu há milhões de anos.



Esqueletos de cangurus:


Esqueletos de cobras e tartarugas:


O museu tinha ainda uma exposição sobre a cultura aborígene. Os aborígenes são os nativos australianos com pele negra. Chegaram há cerca de 50 mil anos vindos da África (lugar de origem do homo sapiens), passando posteriormente pelo sudeste asiático. Nessa época, o Outback (interior da Austrália) não era um deserto. Tinha florestas e rios. Os colonizadores ingleses chegaram à Austrália no século 18 e massacraram os aborígenes. Atualmente restam apenas cerca de 500 mil aborígenes no país. Não vi nenhum nas ruas de Sydney. A maioria vive no interior do país, longe das grandes cidades.

Instrumentos musicais:


Escudos:


Uma pintura aborígene:

Bumerangues:


O Uluru, uma imensa rocha localizada no centro do país (Outback). É um lugar sagrado para os aborígenes.


Aborígene:

Aborigenes esculpindo um escudo a partir do tronco de uma árvore:


Ferramentas:

Mapa mostrando como a Austrália era há 20 mil anos durante a última Era do Gelo. Como a temperatura era mais baixa que atualmente, existiam imensas geleiras no Hemisfério Norte, e o nível dos oceanos era cerca de 130m abaixo do nível atual. Repare que a Austrália era unida à Papua Nova Guiné. Isto facilitou a chegada dos aborígines à Austrália.


Saímos do museu e estava chovendo. Fomos almoçar numa galeria da George Street. Comi dumplings (pastéis chineses cozidos) no Dumpling Den.  Paguei $10 (R$24) por 6 dumplings com recheios de frango e curry.





Depois fomos no Umi, um restaurante japonês em frente ao Dumpling Den. Éramos os únicos ocidentais no lugar. Tanto os clientes, quanto os funcionários, eram todos japoneses, e conversavam em japonês entre si. O garçom recebia os clientes falando "irashaimase !!" (bem-vindo). Esse restaurante é um autêntico sushi bar japonês, exatamente igual aos que vi em Tóquio 2 anos atrás. Esse tipo de restaurante não tem mesa. Os clientes comem no balcão, como se fosse num bar. Lembra aqueles galetos tradicionais do centro do Rio. Os pratos com sushi e sashimi ficam circulando numa esteira ao redor do balcão. Apesar de não gostar de peixe cru, gosto muito do restante da culinária japonesa.

O menu:


O balcão e os pratos circulando na esteira:


 Gyoza (pastéis cozidos):


Udon (macarrão japonês mergulhado numa sopa com legumes) e tempurá de camarão (muito bom !!). Custou apenas $5 (R$12).


 Ruas do centro de Sydney cheias de gente. Era horário do rush (17h).


Trânsito engarrafado no centro:



Apple Store:

Loja da Luis Vuitton ocupando um prédio inteiro:


Uma experiência louca na Austrália é fazer compras. Os supermercados têm caixas eletrônicos (com leitor de código de barra) no lugar dos caixas "de carne e osso" !! Depois de passar toda a compra, o cliente paga com cartão ou coloca o dinheiro na máquina. Dá pra imaginar isso funcionando no Brasil ?? Os australianos sabem que, com menos funcionários, os supermercados podem cobrar preços mais baixos. Uma prova de como a honestidade das pessoas volta para elas como benefício, e como a corrupção pode ser um encargo para a sociedade.

Restaurantes cheios às 18h. Os australianos tem o costume de sair do trabalho cedo (às 17h no máximo), jantar cedo, dormir cedo, e acordar cedo.


Restaurantes na Circular Quay (terminal marítimo de passageiros). Tinha um McDonald's ali por perto, e de vez em quando passava alguém comendo um sanduíche de lá. Vimos duas gaivotas tentando roubar o sanduíche das pessoas, hehehe !





É da Circular Quay que partem barcas para Kirribilli ("Niterói" de Sydney), Mainly, Watsons Bay, Darling Harbour e outras regiões da baía de Sydney.





Um mooooonte de gaivotas:


A Opera House vista da Circular Quay:


Prédios comerciais do centro da cidade:



Museu de Arte Conteporânea:


Um cruzeiro atracado:


Argyle Street, uma rua de pedestres famosa, com muitos bares. Fica bem movimentada à noite. Fica em The Rocks, perto da Circular Quay.




Oriental Hotel. Não, não dá pra se hospedar lá. Isso é um bar ! Pegadinha do malandro ! Os bares em Sydney são "disfarçados" de hotel por fora, talvez para pagar menos imposto.



A Löwenbräu Keller, bar alemão onde viemos na sexta. Tinha uma bandinha tocando música alemã do lado de fora.



Glenmore Hotel, o bar com terraço onde viemos na sexta à noite:






Subimos na Harbour Bridge e fomos em direção ao outro lado da baía. A ponte é pequena (cerca de 1 Km). Dá pra cruzá-la caminhando tranquilamente. Tem uma passagem para pedestres e outra para ciclistas.


O que impressiona é que a passagem para pedestres tem cercas altas com arame farpado, câmeras por todos os lados e guardas vigiando os pedestres o tempo todo. Pode parecer que seja por questões de segurança, mas não é por causa de ladrões. Isto tudo é para evitar os suicídios. O índice de suicídio na Austrália é um dos mais altos no mundo, assim como nos países nórdicos. Fica provado que não é o clima frio e cinzento que deixa as pessoas deprimidas, já que Sydney tem um clima agradável e ensolarado durante boa parte do ano. Talvez nestes países muito ricos, onde tudo é certinho e previsível, as pessoas acabam não tendo muitos desafios na vida, não experimentam o gostinho da conquista, ficam sem objetivo na vida, e por isso ficam deprimidas.

Placas informando multas para quem subir na grade:




O metrô passa pela ponte também:


Vista da Circular Quay:



 Opera House:

 Esta é Kirribilli, a "Niterói" de Sydney:


Chegando em Kirribilli, uma das áreas mais nobres e caras de Sydney:



Tinha um pessoal fazendo uma aula de educação física embaixo da ponte (????)



Os prédios do CBD (centro) iluminados:


 Com a camisa nova que comprei :-)


 A ponte iluminada:


Opera House:


A ponte e o centro da cidade:


 Ao lado da ponte, uma piscina pública:




Calçadão de North Sydney:


Luna Park, um parque de diversões:


Pegamos o metrô numa estação ali ao lado da ponte (Milsons Point) e fomos pra Bondi Junction, onde encontramos com o Guilherme e Rachel. Jantamos numa pizzaria italiana num shopping lá em Bondi Junction. Pizza muito boa ! Deu $23 (R$55) pra cada um, incluindo a cerveja.

Voltamos para King's Cross, onde fomos tomar um chope com umas argentinas que conhecemos na night. Demos uma volta e estava tudo fechado pela região, por ser uma segunda-feira. Encontramos um bar aberto na Bayswater Road, o The World Bar, e entramos. Tomamos duas cervejas lá, e não deu nem meia hora, o segurança já veio avisando que o bar estava fechando. Pô, como assim ?! Meia-noite, muito cedo pra fechar !! Rodamos por algumas ruas para procurar outro lugar aberto, mas estava difícil. Encontramos então o Kings Cross Hotel, o único bar que parecia estar aberto por ali. Entramos. Até que tinha algum movimento. Não tinha cara de que já estava fechando. Tomamos mais algumas cervejas e ficamos por lá até umas 2h. O papo com elas foi bem divertido, uma mistura maluca de espanhol, português e inglês.

2 comentários:

  1. Concordo com você sobre a triste questão dos suicídios. O jornalista Fernando Gabeira morou na Suécia e disse que o suicídio lá tem a ver com o fato de que as pessoas que não obtém sucesso profissional na vida se sentem muito deprimidas, pois o Estado ajuda em tudo e, ainda assim , elas "falham".

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  2. Também concordo com a questão dos suicídios. E aquilo no supermercado hein ? Eu postei a mesma coisa no meu blog, aquilo deixa qualquer brasileiro chocado, não daria certo em NENHUMA cidade brasileira ...

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