Madruguei às 8h. Dia de viajar pra Pequim.
Meus dólares de Hong Kong haviam acabado, e meu cartão de débito parou de funcionar novamente. Eu só tinha dólares americanos. Tentei novamente sacar dinheiro com meu cartão num outro banco, e não funcionou. Fiquei tenso, pois precisava de 100 dólares de Hong Kong (R$22) pra ir pro aeroporto com o trem expresso. Tentei outros caixas, e nada, dava a mesma mensagem de "transaction failed". O tempo estava passando, e já estava dando a hora de pegar o trem para o aeroporto, senão eu corria o risco de perder o vôo. Eu tinha que trocar alguns dólares, mas era sábado e a casa de câmbio que tinha ao lado do prédio onde ficava o albergue estava fechada. Perguntei pro funcionário do banco onde eu poderia trocar dólares. Ele falou que naquele banco mesmo, na boca do caixa, eu podia trocar. Show ! Foi a minha salvação !!!
O trem para o aeroporto:
O vôo até Pequim durou 3h.
Passei pela imigração (de novo....já era a 3a vez em 2 dias !!).
O Terminal 3 do aeroporto de Pequim, construido para as Olimpíadas, é algo faraônico, monumental, gigante. Nunca vi nada parecido. É tão grande, que pra ir da imigração até o desembarque, onde ficam as esteiras de bagagem, tem que pegar um trem que anda um bom percurso. Os chineses levaram apenas 4 anos para construir esse que é o maior terminal de aeroporto do mundo. Tem 3,2 Km de extensão, com formas arquitetônicas que lembram um dragão.
Tentei sacar dinheiro com meu cartão no caixa eletrônico, e mais uma vez não funcionou. O jeito era usar os meus dólares de reserva. Troquei alguns dólares por yuans, e peguei o trem expresso até o centro da cidade:
Peguei depois o metrô, que custava apenas 2 yuan (R$0,50). Ao sair da estação, tive uma imersão total na misteriosa China. Estava num bairro próximo a Cidade Proibida. As pessoas me olhavam com curiosidade, como se não estivessem acostumadas a ocidentais, ainda mais carregando uma mochila de 15Kg nas costas, e outra pequena na frente. Overdose de ideogramas por todos os lados. Gente escarrando na rua o tempo todo. Disse escarrar (trazendo fundo dos pulmões), e não cuspir. Bicicletas disputando lugar com os carros, que buzinavam o tempo todo. Muita gente para todos os lados que eu olhava.
Segui o mapa fornecido pelo albergue, mas mesmo assim foi complicado encontrá-lo. Fiquei andando uns 20 min perdido. Entrei num hutong (viela) que parecia a que o mapa indicava. Duas simpáticas chinesas me abordaram em inglês, perguntando se eu estava procurando o Happy Dragon Hostel. Eu falei que sim. Elas eram da equipe do albergue, e me acompanharam até lá.
A recepcionista me informou que, apesar de eu ter reserva, o albergue estava lotado (heim ???), mas eles iam me levar para um outro albergue equivalente, do mesmo dono. Pois bem, ela e um outro funcionário, depois de pedir mil desculpas, me deram de "presente" uma lata de coca-cola, me levaram de carro até o outro albergue, e fizeram questão de carregar minha mochila até o quarto. Só faltou tapete vermelho. Confesso que com esse cuidado todo que tiveram, nem me importei com o transtorno. Eles foram bem gentis. O albergue novo (Sanlitun Hostel) era melhor, mais caro, mas eles fizeram pelo mesmo preço que eu tinha reservado o Happy Dragon. Este outro albergue ficava num bairro sofisticado da cidade, chamado Sanlitun, região das embaixadas. Vários edificios comerciais modernos iluminavam a noite numa avenida próxima. Muitos restaurantes chineses com mesas na calçada e gente barulhenta jantando coisas estranhas. Eram 22h e o trânsito estava ainda bem engarrafado. Tomei um banho, fiz um lanche num "7-Eleven" genérico que achei em frente ao albergue e fui dar uma volta pelas redondesas.
O albergue ficava numa rua tranquila chamada Chun Xiu Lu (春秀路), mas próxima a uma avenida de nome complicado (Gongrentiyuchang Beilu, ou 工人体育场北路, escolha o que é mais fácil pra você) que estava completamente engarrafada. Os motoristas faziam barbeiragens inacreditáveis, complicando ainda mais o trânsito. Repare nos pontos brancos que aparecem nessa foto. O flash das fotos noturnas ao ar livre em Pequim faz com que apareçam estes pontos brancos, que são partículas de poluição.
Orelhões como os nossos !!!
Pensei em escolher um restaurante chinês qualquer, mas fiquei com medo de demorar muito, e acabei indo comer no McDonald's. Fiquei impressionado com os preços baixos. O menu 1 (do Big Mac) custou apenas 23 yuan (R$6), a metade do que custaria no Brasil. E olha que comer no McDonald's é caríssimo para os padrões chineses. O salão estava lotado de adolescentes de classe média-alta que estavam forrando o estômago antes de ir pra night. A frente da loja tinha vários carrões de luxo. Comer no Mcdonald's na China dá status. Nos EUA, percebi que a maior parte dos clientes é de baixa renda.
Saindo de lá, descobri uma boate chamada Mix a duas quadras do albergue, na avenida Gongrentiyuchang Beilu . Parti pra lá. A entrada custava 50 yuan (R$13), cerveja Guiness a 30 yuan (R$7,50). Pra entrar na boate, o mesmo ritual do Brasil: detector de metais. Uma boate normal, como qualquer outra do Brasil, tirando o fato que TODO MUNDO fumava lá. O cheiro de cigarro estava insuportável. O local ainda estava enchendo. Tomei a primeira Guiness e fiquei observando o movimento. Estava meio desanimado de sair sozinho (meio chato) e aquele cheiro de cigarro tava sinistro. Tava pensando em abortar a missão, pois estava cansado (havia acordado cedo) mas resolvi dar uma chance, afinal de contas era a única night de sábado que eu teria na China. Depois da 4a Guiness, eu já estava me sentindo em casa. Para minhas surpresa, apareceram várias chinesas gatas (ainda que com curvas miseráveis), só que não falam inglês !!! Comunicação extremamente complicada, mas a night bombou ! A música era house, como numa boate normal do Brasil. A pista tinha um telão que ficavam passando clips. Teve uma hora que ficou passando um clip de uma beldade brasileira dançando com uma camisa do Brasil !
Algumas coisas estranhas. Os chineses ficam tomando whisky com uns ice teas estranhos que tem na China.
E tem umas bebidas coloridas que eles tomam numas provetas. Sei lá o que era aquilo.
Parti às 3 da manhã e fui dormir.
Meus dólares de Hong Kong haviam acabado, e meu cartão de débito parou de funcionar novamente. Eu só tinha dólares americanos. Tentei novamente sacar dinheiro com meu cartão num outro banco, e não funcionou. Fiquei tenso, pois precisava de 100 dólares de Hong Kong (R$22) pra ir pro aeroporto com o trem expresso. Tentei outros caixas, e nada, dava a mesma mensagem de "transaction failed". O tempo estava passando, e já estava dando a hora de pegar o trem para o aeroporto, senão eu corria o risco de perder o vôo. Eu tinha que trocar alguns dólares, mas era sábado e a casa de câmbio que tinha ao lado do prédio onde ficava o albergue estava fechada. Perguntei pro funcionário do banco onde eu poderia trocar dólares. Ele falou que naquele banco mesmo, na boca do caixa, eu podia trocar. Show ! Foi a minha salvação !!!
O trem para o aeroporto:
O vôo até Pequim durou 3h.
Passei pela imigração (de novo....já era a 3a vez em 2 dias !!).
O Terminal 3 do aeroporto de Pequim, construido para as Olimpíadas, é algo faraônico, monumental, gigante. Nunca vi nada parecido. É tão grande, que pra ir da imigração até o desembarque, onde ficam as esteiras de bagagem, tem que pegar um trem que anda um bom percurso. Os chineses levaram apenas 4 anos para construir esse que é o maior terminal de aeroporto do mundo. Tem 3,2 Km de extensão, com formas arquitetônicas que lembram um dragão.
Tentei sacar dinheiro com meu cartão no caixa eletrônico, e mais uma vez não funcionou. O jeito era usar os meus dólares de reserva. Troquei alguns dólares por yuans, e peguei o trem expresso até o centro da cidade:
Peguei depois o metrô, que custava apenas 2 yuan (R$0,50). Ao sair da estação, tive uma imersão total na misteriosa China. Estava num bairro próximo a Cidade Proibida. As pessoas me olhavam com curiosidade, como se não estivessem acostumadas a ocidentais, ainda mais carregando uma mochila de 15Kg nas costas, e outra pequena na frente. Overdose de ideogramas por todos os lados. Gente escarrando na rua o tempo todo. Disse escarrar (trazendo fundo dos pulmões), e não cuspir. Bicicletas disputando lugar com os carros, que buzinavam o tempo todo. Muita gente para todos os lados que eu olhava.
Segui o mapa fornecido pelo albergue, mas mesmo assim foi complicado encontrá-lo. Fiquei andando uns 20 min perdido. Entrei num hutong (viela) que parecia a que o mapa indicava. Duas simpáticas chinesas me abordaram em inglês, perguntando se eu estava procurando o Happy Dragon Hostel. Eu falei que sim. Elas eram da equipe do albergue, e me acompanharam até lá.
A recepcionista me informou que, apesar de eu ter reserva, o albergue estava lotado (heim ???), mas eles iam me levar para um outro albergue equivalente, do mesmo dono. Pois bem, ela e um outro funcionário, depois de pedir mil desculpas, me deram de "presente" uma lata de coca-cola, me levaram de carro até o outro albergue, e fizeram questão de carregar minha mochila até o quarto. Só faltou tapete vermelho. Confesso que com esse cuidado todo que tiveram, nem me importei com o transtorno. Eles foram bem gentis. O albergue novo (Sanlitun Hostel) era melhor, mais caro, mas eles fizeram pelo mesmo preço que eu tinha reservado o Happy Dragon. Este outro albergue ficava num bairro sofisticado da cidade, chamado Sanlitun, região das embaixadas. Vários edificios comerciais modernos iluminavam a noite numa avenida próxima. Muitos restaurantes chineses com mesas na calçada e gente barulhenta jantando coisas estranhas. Eram 22h e o trânsito estava ainda bem engarrafado. Tomei um banho, fiz um lanche num "7-Eleven" genérico que achei em frente ao albergue e fui dar uma volta pelas redondesas.
O albergue ficava numa rua tranquila chamada Chun Xiu Lu (春秀路), mas próxima a uma avenida de nome complicado (Gongrentiyuchang Beilu, ou 工人体育场北路, escolha o que é mais fácil pra você) que estava completamente engarrafada. Os motoristas faziam barbeiragens inacreditáveis, complicando ainda mais o trânsito. Repare nos pontos brancos que aparecem nessa foto. O flash das fotos noturnas ao ar livre em Pequim faz com que apareçam estes pontos brancos, que são partículas de poluição.
Orelhões como os nossos !!!
Pensei em escolher um restaurante chinês qualquer, mas fiquei com medo de demorar muito, e acabei indo comer no McDonald's. Fiquei impressionado com os preços baixos. O menu 1 (do Big Mac) custou apenas 23 yuan (R$6), a metade do que custaria no Brasil. E olha que comer no McDonald's é caríssimo para os padrões chineses. O salão estava lotado de adolescentes de classe média-alta que estavam forrando o estômago antes de ir pra night. A frente da loja tinha vários carrões de luxo. Comer no Mcdonald's na China dá status. Nos EUA, percebi que a maior parte dos clientes é de baixa renda.
Saindo de lá, descobri uma boate chamada Mix a duas quadras do albergue, na avenida Gongrentiyuchang Beilu . Parti pra lá. A entrada custava 50 yuan (R$13), cerveja Guiness a 30 yuan (R$7,50). Pra entrar na boate, o mesmo ritual do Brasil: detector de metais. Uma boate normal, como qualquer outra do Brasil, tirando o fato que TODO MUNDO fumava lá. O cheiro de cigarro estava insuportável. O local ainda estava enchendo. Tomei a primeira Guiness e fiquei observando o movimento. Estava meio desanimado de sair sozinho (meio chato) e aquele cheiro de cigarro tava sinistro. Tava pensando em abortar a missão, pois estava cansado (havia acordado cedo) mas resolvi dar uma chance, afinal de contas era a única night de sábado que eu teria na China. Depois da 4a Guiness, eu já estava me sentindo em casa. Para minhas surpresa, apareceram várias chinesas gatas (ainda que com curvas miseráveis), só que não falam inglês !!! Comunicação extremamente complicada, mas a night bombou ! A música era house, como numa boate normal do Brasil. A pista tinha um telão que ficavam passando clips. Teve uma hora que ficou passando um clip de uma beldade brasileira dançando com uma camisa do Brasil !
Algumas coisas estranhas. Os chineses ficam tomando whisky com uns ice teas estranhos que tem na China.
E tem umas bebidas coloridas que eles tomam numas provetas. Sei lá o que era aquilo.
Parti às 3 da manhã e fui dormir.
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