Acordei as 11:30 com o pessoal da limpeza entrando no meu quarto. Dei um pulo da cama !! O checkout do albergue era as 11h. Tinha colocado meu celular pra despertar as 10:30, mas tava tão chapado que não escutei nada.
Foto que tirei vestido “à carater” com a galerinha da recepção do albergue. Pessoal gente boa demais !! Nota 10 esse albergue !
Ganhei do albergue um cartãozinho escrito em português, com uma bala de presente !
Peguei o trem da linha Yamanote até a estação Tóquio.
Meu almoço que comprei na estação: tempurá !!! Muito bom !
Hora de pegar o Shinkansen (trem-bala) das 14:03 (percebeu a pontualidade ??) com destino a Kyoto !!!
Algumas semanas antes da minha viagem, comprei o JR Rail Pass, o passe de trem da empresa Japan Rail. Custou R$700 e encomendei de uma agência de turismo paulista (Tunibra), a mais barata que encontrei. Mandei a cópia do meu visto japonês scaneada por email, fiz o depósito na conta da agência, e no dia seguinte recebi o voucher por Sedex. O passe é válido por 7 dias e permite viagens ilimitadas nos trens da Japan Rail, incluindo o Shinkansen e as linhas de trens metropolitanos, como a Yamanote (anel ferroviário de Tóquio). Teria que desembolsar cerca de R$1.100 se fosse comprar as passagens avulsas (Tóquio-Kyoto, Kyoto-Hiroshima e Hiroshima-Tóquio). Tendo em vista os preços altos das passagens de trem no Japão, este passe é um grande benefício, e ele só é oferecido para quem viaja a turismo no país. Só é vendido fora do Japão. Os próprios japoneses não tem direito a este passe. Tentei antes dar uma olhada nas passagens aéreas, mas também são caríssimas, não valeria a pena. Esta é a primeira vez que compro um passe de trem. Nas minhas viagens anteriores pela Europa, nunca me interessei em adquirir o passe Eurail, simplesmente porque era mais barato viajar de avião.
Antes de embarcar, passei numa agência da JR Rail para trocar o voucher pelo passe de trem, marcando o período de validade que eu escolhi (25/05 a 31/05).
Há vários tipos de Shinkansen: Kodama (parador), Hikari (semi-expresso), Sakura (semi-expresso), Nozomi (expresso) e outros. O JR Rail Pass não permite andar nos expressos (como o Nozomi), e não pode andar nos vagões Green Class (primeira classe). Dependendo do trajeto, é necessário fazer baldeação no caminho.
Pra entrar na plataforma de embarque, basta mostrar o passe pro guarda num guichê que tem do lado das roletas, e ele te deixa passar. Você não recebe uma passagem impressa pra embarcar. O passe é a passagem.
Peguei um trem Kodama, que foi de Tóquio até Kyoto parando em 5 cidades. Não precisei fazer baldeação. Impressionante a pontualidade. Eu tinha baixado pro meu celular o horário dos trens dessa linha, e ele parava nas cidades exatamente na hora programada. O Shinkanzen, além da pontualidade, também é famoso pela sua segurança. Inaugurado em 1964, foi o primeiro sistema de trens de alta velocidade do mundo e até hoje nunca houve nenhum acidente.
Um video que gravei de um Shinkanzen passando:
Com o JR Rail Pass, você pode reservar um assento sem custo, mas cada trem tem pelo menos 3 vagões exclusivos para quem não fez reserva de assento. Nem fiz reserva e o vagão estava vazio. Só escolher qualquer assento desse vagão. Muito tranquilo.
O trajeto até Kyoto durou 2:45. Há areas habitadas durante todo o trajeto, sejam cidades grandes ou pequenas à beira de campos de arroz.
Estava na esperaça de avistar o Monte Fuji, já que essa linha de Shinkansen passa mais ou menos perto dele, mas o tempo estava nublado e não deu pra ver nada. Na verdade, eu tinha planejado fazer um “bate-volta” a Hakone para conhecer o Lago Ashi, que tem uma vista sensacional pro Monte Fuji, mas é um passeio que precisa de um dia inteiro. Teria que deixar de fora outras atrações de Tóquio. Fica pra uma próxima vez.
O trem tem serviço de bordo, com uma “ferromoça” passando, com se fosse num avião. Mas é tudo pago. Antes de entrar no vagão para passar o carrinho com as comidas e bebidas, ela deu aquela inclinada japonesa, assim como os outros funcionários.
Na chegada a Kyoto, um grupo enorme de estudantes na estação esperando o trem:
A estação de Kyoto tem um design moderníssimo, e um shopping bem grande.
Em frente à estação, a Torre de Kyoto:
A avenida em frente a estação, com prédios modernos. Eu imaginava que Kyoto fosse uma cidade pequena e com construções antigas, mas me surpreendi. É uma metrópole com 1,5 milhão de habitantes que tem até metrô.
Kyoto, a terra dos samurais, foi capital do Japão até o século 19. Diz-se que para realmente entender o Japão, é necessário conhecer esta cidade, perdendo-se pelas ruas estreitas do bairro das gueixas e visitando alguns dos seus 1.600 templos budistas e 400 santuários xintoistas.
O albergue (K’s House Kyoto) fica a poucas quadras da estação do Shinkansen. Fui andando mesmo. Achei esse albergue muito maneiro. É um prédio de 6 andares com uma cobertura onde a galera fica socializando, e no 2º andar também tem outro espaço com uma cozinha grande, um monte de sofás e umas mesas. Na recepção todo mundo tinha que tirar o sapato e guarda-lo numa espécie de escaninho (cada um com sua chave).
No quarto (com 2 beliches e 1 cama) tinha só um italiano bem gente boa. Fiquei desenferrujando meu italiano com ele. Já tinha um tempão que não falava nesse idioma e já estava esquecendo tudo !!
Vi muito poucos turistas ocidentais até agora no Japão. Pelo que fiquei sabendo, o turismo estrangeiro aqui despencou depois do terremoto de março do ano passado. O que pouca gente sabe é que Tóquio, Kyoto e Hiroshima não foram atingidas. Somente a região próxima a usina de Fukushima (norte do país) sofreu maiores danos.
A rua do albergue, bem tranquila, com algumas casas de madeira no estilo tradicional:
Tomei um banho (banheiro coletivo, mas era bem limpo) e fui dar um volta.
Em frente a estação de trens, uma filial da Yodobashi, aquele mesmo mega shopping de eletrônicos que conheci em Akihabara (Tóquio).
Avenida em frente à estação:
Área resevada para fumantes na rua:
Na calçada em frente a estação de trens, um balé de águas muito legal chamado Aqua Fantasy:
Gravei esse vídeo:
Jantei num restaurante no shopping chamado The Cube anexo à estação de trens. Tinha um moooonte de restaurantes lá e foi até dificil escolher o melhor. Comi macarrão com curry e carne de porco empanada. MUITO BOM ! Saiu por 890 yens (R$22).
Kyoto também tem um número impressionante de restaurantes, como Tóquio. E muitas lojas de conveniência nas ruas também (7-Eleven, Lawson, Family Mart e outras). Deve ser assim no país todo.
A Torre de Kyoto iluminada à noite:
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Como dormi só 5 horas essa noite, eu tava um lixo. Sexta-feira... queria muito sair, mas simplesmente não conseguia. Fui dormir cedo (22h).
Foto que tirei vestido “à carater” com a galerinha da recepção do albergue. Pessoal gente boa demais !! Nota 10 esse albergue !
Ganhei do albergue um cartãozinho escrito em português, com uma bala de presente !
Peguei o trem da linha Yamanote até a estação Tóquio.
Meu almoço que comprei na estação: tempurá !!! Muito bom !
Hora de pegar o Shinkansen (trem-bala) das 14:03 (percebeu a pontualidade ??) com destino a Kyoto !!!
Algumas semanas antes da minha viagem, comprei o JR Rail Pass, o passe de trem da empresa Japan Rail. Custou R$700 e encomendei de uma agência de turismo paulista (Tunibra), a mais barata que encontrei. Mandei a cópia do meu visto japonês scaneada por email, fiz o depósito na conta da agência, e no dia seguinte recebi o voucher por Sedex. O passe é válido por 7 dias e permite viagens ilimitadas nos trens da Japan Rail, incluindo o Shinkansen e as linhas de trens metropolitanos, como a Yamanote (anel ferroviário de Tóquio). Teria que desembolsar cerca de R$1.100 se fosse comprar as passagens avulsas (Tóquio-Kyoto, Kyoto-Hiroshima e Hiroshima-Tóquio). Tendo em vista os preços altos das passagens de trem no Japão, este passe é um grande benefício, e ele só é oferecido para quem viaja a turismo no país. Só é vendido fora do Japão. Os próprios japoneses não tem direito a este passe. Tentei antes dar uma olhada nas passagens aéreas, mas também são caríssimas, não valeria a pena. Esta é a primeira vez que compro um passe de trem. Nas minhas viagens anteriores pela Europa, nunca me interessei em adquirir o passe Eurail, simplesmente porque era mais barato viajar de avião.
Antes de embarcar, passei numa agência da JR Rail para trocar o voucher pelo passe de trem, marcando o período de validade que eu escolhi (25/05 a 31/05).
Há vários tipos de Shinkansen: Kodama (parador), Hikari (semi-expresso), Sakura (semi-expresso), Nozomi (expresso) e outros. O JR Rail Pass não permite andar nos expressos (como o Nozomi), e não pode andar nos vagões Green Class (primeira classe). Dependendo do trajeto, é necessário fazer baldeação no caminho.
Pra entrar na plataforma de embarque, basta mostrar o passe pro guarda num guichê que tem do lado das roletas, e ele te deixa passar. Você não recebe uma passagem impressa pra embarcar. O passe é a passagem.
Peguei um trem Kodama, que foi de Tóquio até Kyoto parando em 5 cidades. Não precisei fazer baldeação. Impressionante a pontualidade. Eu tinha baixado pro meu celular o horário dos trens dessa linha, e ele parava nas cidades exatamente na hora programada. O Shinkanzen, além da pontualidade, também é famoso pela sua segurança. Inaugurado em 1964, foi o primeiro sistema de trens de alta velocidade do mundo e até hoje nunca houve nenhum acidente.
Um video que gravei de um Shinkanzen passando:
O trajeto até Kyoto durou 2:45. Há areas habitadas durante todo o trajeto, sejam cidades grandes ou pequenas à beira de campos de arroz.
Estava na esperaça de avistar o Monte Fuji, já que essa linha de Shinkansen passa mais ou menos perto dele, mas o tempo estava nublado e não deu pra ver nada. Na verdade, eu tinha planejado fazer um “bate-volta” a Hakone para conhecer o Lago Ashi, que tem uma vista sensacional pro Monte Fuji, mas é um passeio que precisa de um dia inteiro. Teria que deixar de fora outras atrações de Tóquio. Fica pra uma próxima vez.
O trem tem serviço de bordo, com uma “ferromoça” passando, com se fosse num avião. Mas é tudo pago. Antes de entrar no vagão para passar o carrinho com as comidas e bebidas, ela deu aquela inclinada japonesa, assim como os outros funcionários.
Na chegada a Kyoto, um grupo enorme de estudantes na estação esperando o trem:
A estação de Kyoto tem um design moderníssimo, e um shopping bem grande.
Em frente à estação, a Torre de Kyoto:
A avenida em frente a estação, com prédios modernos. Eu imaginava que Kyoto fosse uma cidade pequena e com construções antigas, mas me surpreendi. É uma metrópole com 1,5 milhão de habitantes que tem até metrô.
Kyoto, a terra dos samurais, foi capital do Japão até o século 19. Diz-se que para realmente entender o Japão, é necessário conhecer esta cidade, perdendo-se pelas ruas estreitas do bairro das gueixas e visitando alguns dos seus 1.600 templos budistas e 400 santuários xintoistas.
O albergue (K’s House Kyoto) fica a poucas quadras da estação do Shinkansen. Fui andando mesmo. Achei esse albergue muito maneiro. É um prédio de 6 andares com uma cobertura onde a galera fica socializando, e no 2º andar também tem outro espaço com uma cozinha grande, um monte de sofás e umas mesas. Na recepção todo mundo tinha que tirar o sapato e guarda-lo numa espécie de escaninho (cada um com sua chave).
No quarto (com 2 beliches e 1 cama) tinha só um italiano bem gente boa. Fiquei desenferrujando meu italiano com ele. Já tinha um tempão que não falava nesse idioma e já estava esquecendo tudo !!
Vi muito poucos turistas ocidentais até agora no Japão. Pelo que fiquei sabendo, o turismo estrangeiro aqui despencou depois do terremoto de março do ano passado. O que pouca gente sabe é que Tóquio, Kyoto e Hiroshima não foram atingidas. Somente a região próxima a usina de Fukushima (norte do país) sofreu maiores danos.
A rua do albergue, bem tranquila, com algumas casas de madeira no estilo tradicional:
Tomei um banho (banheiro coletivo, mas era bem limpo) e fui dar um volta.
Em frente a estação de trens, uma filial da Yodobashi, aquele mesmo mega shopping de eletrônicos que conheci em Akihabara (Tóquio).
Avenida em frente à estação:
Área resevada para fumantes na rua:
Na calçada em frente a estação de trens, um balé de águas muito legal chamado Aqua Fantasy:
Gravei esse vídeo:
Kyoto também tem um número impressionante de restaurantes, como Tóquio. E muitas lojas de conveniência nas ruas também (7-Eleven, Lawson, Family Mart e outras). Deve ser assim no país todo.
A Torre de Kyoto iluminada à noite:
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Como dormi só 5 horas essa noite, eu tava um lixo. Sexta-feira... queria muito sair, mas simplesmente não conseguia. Fui dormir cedo (22h).
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