sábado, 26 de maio de 2012

[Mochilão 9] Dia 11: Kyoto

Acordei cedo, às 7h.

Vista da janela para as casas vizinhas:

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Passei na Mini Stop, uma loja de conveniência próxima ao albergue.

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Comprei lá meu café da manhã: café com leite gelado:

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Uma espécie de panqueca com um doce dentro que parecia quindim:

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Pão verde (de erva) com recheio de feijão doce:

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Leite:

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A estação ferroviária:

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Uma propaganda interessante :)

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Uma avenida perto da estação ferroviária:

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Acompanhando a linha do trem:

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Casas com garagens apertadas. Os carros não podem ser muito grandes, senão não cabem nelas.

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Típica rua japonesa bem estreita:

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Após uma boa caminhada, chegando no templo Toji, sede da seita Shingon do Budismo. Foi fundado no século 8.

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O budismo japonês é muito diferente do chinês e tailandês. É misturado ao xintoísmo, que é a religião japonesa mais antiga (da pré-história) que venera divindades relacionadas a elementos da natureza (montanhas, mares, rios, tempestade, sol, etc), sentimentos (sabedoria, amor) e outros (como deus da guerra, e o deus da cura de doenças). Os antigos imperadores também eram venerados como divindades. Além disso, o budismo aqui tem diversas seitas diferentes, e cada templo é de uma seita específica.

Água sagrada. Os japoneses pegam essa água com umas conchas, lavam as mãos e bebem.

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Um santuário dentro do complexo do templo Toji:

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Imagem de Buda com um lenço vermelho:

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Ideogramas. Não tenho idéia do que isso signifique.

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O pagode do templo Toji, o mais alto do Japão, com 5 andares:

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Jardins no estilo japonês:

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Carpas:

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Outros pavilhões do templo:

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Saindo do templo, fui andando até as margens do rio Kamo, que corta a cidade.

Propagandas políticas na rua:

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Todo mundo feliz :)

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Muita gente usa bicicleta como meio de transporte em Kyoto também:

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Cerveja Kirin, uma das mais tradicionais no Japão:

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Ruas apertadas. Acredite, passam carros nelas:

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Máquinas de pachinko:

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O Shinkansen passando por cima de um viaduto:

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Policial desenho animado:

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Edificio residencial. As pessoas penduram as roupas na varanda. Provavelmente não tem área de serviço.

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Rio Kamo:

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Como as ruas normalmente são estreitas, não vi carros estacionados nas ruas ou nas calçadas aqui no Japão, mas tem uns pequenos estacionamentos sem cancela, com parquímetro. Os carros são travados pelas rodas, e só são destravados após o pagamento no parquímetro.

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Templo Sanjusangendo:

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O salão principal desse templo tem 1001 imagens idênticas de Kannon, a deusa budista da compaixão. Impressionante !! Não podia tirar foto nesse pavilhão, mas peguei essa foto da internet.

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Neste local tinha muitas estátuas de divindades do hinduismos que foram incorporadas pelo budismo.

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Excursões de estudantes japoneses uniformizados:

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Mulheres vestidas ccm roupa de gueixa:

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Jardim japonês dentro do templo:

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Sino:

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Um dos pavilhões do templo:

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Subindo uma ladeira no bairro das gueixas (Higashiyama), com muitas casas antigas de madeira:

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Estatua de Buda:

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Portal de entrada do templo Kiyomizu-dera, no alto de um morro no bairro de Higashiyama. Este templo tem mais de 1000 anos.

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Sino:

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Pedidos e agradecimentos em placas de madeira e pedaços de papel em frente ao templo:

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Água sagrada:

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Imagem de Buda:

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Entrada do templo:

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Japoneses agachados orando em frente a imagem de Buda:

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Incenso:

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Um santuário xintoista ao lado do templo, demonstrando como o budismo no Japão é misturado ao xintoísmo.

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Um vídeo que gravei de uma japonesa orando no santuário. Eles batem uma palma para invocar o kami (espírito) que habita no santuário.

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Amuletos da sorte vendidos como souvenir:

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Uma pedra com uma corda amarrada. Não entendi o significado disso.

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O pavilhão principal do templo no alto da montanha:

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Vista para a cidade:

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Imagens de Buda com uns panos pendurados:

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Restaurantes tradicionais perto do templo, com mesas baixas e pessoas sentadas no chão.

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Mulheres vestidas com roupas de gueixa passando:

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Um monge pedindo esmola:

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Na saída do templo, achei engraçado que tinha um casal ocidental com uma garotinha de uns 3 anos loirinha, os japoneses ficavam todos tirando foto dela, como se fosse uma coisa de outro mundo.

Riquixá:

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Dei uma passada num 7-Eleven pra comprar meu lanche. Uma prateleira com diversos tipos de saquê:

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Café gelado “Brazil”:

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Chá gelado:

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Santuário Yasaka:

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Proibido alguma coisa !!



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Gueixas num riquixá:

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Riquixá:

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Um restaurante tradicional:

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Estátua de Avalokiteshvara, divindade do budismo que representa a suprema compaixão.

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Ruas com casas de madeira no bairro das gueixas (Higashiyama):

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Eu interagindo com as gueixas :)

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Essas gueixas estavam com o rosto pintado de branco, como manda a tradição:

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Painéis com samurai e gueixa:

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Boneca gueixa:

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Este gato é vendido em tudo quanto é lugar no Japão. Significa algo aqui.

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Sorvete de chá verde:

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Pagode Yasaka:

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Ichiriki, a mais famosa ochaya (casa de chá) de Gion, bairro vizinho a Higashiyama. Pouco depois que tirei essa foto, um monte de gente ficou em frente a essa casa de chá. Pareciam esperar alguém famoso sair. Era alguma gueixa famosa, que entrou rapidamente num taxi. Estava todo mundo tirando foto dela.

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Um restaurante em Gion:

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Teatro kabuki em Gion:

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Pontocho, local da boemia, com muitos restaurantes, bares e boates.

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Um banheiro público com uma espreguiçadeira. É pra quem quer tirar um cochilo ??? E as coisas bizarras do Japão não param de aparecer :)

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Peguei o metrô de volta para o albergue. O sistema é semelhante ao de Tóquio: não há bilheterias, e compra-se a passagem numas máqiunas automáticas, pagando o valor de acordo com a distância percorrida.

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Chegando no albergue, dei uma passada antes na loja de conveniência pra comprar algo pra comer.

“Kuroketa” (croquete) de batata:

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Cerveja Sapporo:

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Macarrão com nori, cogumelos e algo que parecia caviar.

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Sábado a noite...mesmo cansado, parti pra night.

Minha grana estava acabando. Dei uma passada antes na Mini Stop, a loja de conveniênia perto do albergue, pra fazer um saque num caixa eletrônico que tinha lá, mas apareceu uma mensagem dizendo que só eram aceitos cartões emitidos por bancos japoneses. Era o que faltava !!! Precisava de dinheiro pra sair a noite, e as casas de câmbio já tinham fechado. Passei numa Lawson (outra loja de conveniência) e deu o mesmo erro. Sobrou o 7-Eleven, e lá eu consegui sacar normalmente. Então fica a dica... com cartões de bancos não-japoneses, sacar somente nos caixas das filiais do 7-Eleven.

Tome um energético “Mad Croc” pra dar um gás.

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Cerveja Asahi:

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Pegando o metrô para a região de Pontocho, onde fica concentrada a vida noturna da cidade.

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Tinha pesquisado alguns nomes de lugares para sair. Um deles era a World Club, a maior boate da cidade. Cheguei lá e estava fechada, com um aviso na porta em japonês. Chegaram mais uns japoneses, e perguntei pra eles se falavam inglês. Não falavam, mas apareceu um ocidental que falava inglês e japonês, e disse que a casa estava fechada já há algum tempo. Ele era indiano e morava em Kyoto há mais de 10 anos. Disse que conhecia uns bares legais lá por perto, e perguntou se eu queria ir com ele. Achei meio estranho, tava amiguinho demais. Estava com toda a cara de que ele era “tut” (esses caras que ganham comissão pra atrair clientes para bares e boates). Bem, não tinha nada a perder em pelo menos ver se o bar era legal. Fui com ele lá. Era um bar minúsculo no subsolo, que estava lotado. Horrível o lugar. Fiquei uns 5 minutos lá e fui embora. Reparei que o indiano cumprimentou os seguranças e o pessoal do bar... ou seja, era realmente apenas um tut.

A outra boate que eu tinha visto na internet era muito longe, acho que não ia valer a pena gastar uma grana sinistra de taxi pra ir. O metrô já tinha fechado. Tentei procurar algum outro lugar legal ali por perto mesmo, mas reparei que tinha muitos casais gays pelas ruas. Acho que seria furada entrar em algum lugar nessa região.

Terminei a noite num num karaokê, pagando mico pra mim mesmo ! ehhehe. Ir pro Japão sem passar por isso não teria graça.

Paguei 1500 yens (R$38) por 1 hora de karaokê e uma cerveja 500ml. Você tem direito a um quarto particular com TV e sofá, ou seja, o mico você paga só para a sua galera. Tinha diversos quartos iguais a esse lá.

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O control remoto com touch screen, onde se escolhe a música.

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Escolhi uma música da Shakira, e o vídeo de fundo era com imagens do Rio !!! ahhahaha. Será que eles acham que a Shakira é brasileira ??

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Depois encontrei algumas músicas brasileiras, como do Gilberto Gil e Caetano Veloso.

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Não tinha mais metrô pra voltar pro albergue, e era meio longe pra ir andando. Respirei fundo, preparei os bolsos e peguei um taxi. Só a bandeirada inicial custou 630 yens (R$16) !! Paguei 1200 yens (R$30) pra andar uns 2 km.

Fui dormir às 3h. De madrugada, às 4 da manhã, tocou um alarme no prédio do albergue, que precisou ser evacuado. Ninguém sabia ao certo se era de incêndio ou terremoto, mas não tinha nenhum sinal de fumaça e não estava balançando nada. Chegou um carinha de bibicleta que entrou no predio, liberou a entrada e ficou por isso mesmo, ninguém soube dizer por que o alarme disparou. Bizarrices do Japão..

Por falar em terremotos.... É natural que muitos me perguntem: "Mas você não tem medo dos terremotos e da radiação no Japão ? Não está tudo destruído lá ?" É importante não se deixar levar pelo sensacionalismo. Quantos japoneses não teriam coragem de conhecer o Rio por terem visto pela TV os blindados da Marinha invadindo o Complexo do Alemão, quando na verdade a cidade está toda lá, com seus problemas sim, mas belíssima e cheia de atrações ? Para mim é a mesma coisa com o Japão. Conheço muita gente que jamais viria para cá, por medo de terremoto e radiação. Depois da avalanche de imagens e notícias de cidades destruídas pelo tsunami, com milhares de mortos, muita gente acaba achando que não sobrou nenhum japonês vivo, nenhuma edificação ficou de pé, e que o país todo está contaminado pela radiação. Menos, menos... Apenas a região de Sendai e Fukushima, 250Km ao norte de Tóquio, foi atingida, e mesmo assim, a reconstrução foi feita em tempo recorde, com uma eficiência impressionante. É claro que o tremor também foi sentido em outras regiões do país, mas de forma menos intensa. Tóquio saiu ilesa dessa. E quanto a possibilidade de acontecer um forte tremor justamente durante a minha estadia, eu diria que a chance existe, mas é muito menor do que a de acontecer algo de ruim comigo (como um assalto) em qualquer grande cidade do Brasil.

O Japão está localizado no encontro de 3 placas tectônicas, o chamado Anel de Fogo do Pacífico. Exatamente por isso, é o país com a maior incidência de terremotos por m2 no mundo, apesar do território pequeno. Além disso, tem cerca de 60 vulcões ativos. O último grande tremor na cidade foi em 1923, com 7,9 graus de magnitude. A cidade, ainda pouco preparada, ficou destruída, e milhares de habitantes morreram. Especialistas dizem que há uma chance grande de que um forte terremoto atinja Tóquio nas próximas décadas. A boa notícia é que este é o país mais bem preparado para enfrentar terremotos. As construções são preparadas para resitir aos tremores mais fortes, e a população é treinada para agir em caso de emergência.

Quase vim para o Japão no ano passado, mas acabei desistindo porque não achei passagens aéreas com preços atraentes. Foi pura sorte, pois eu estava me preparando para viajar em março, justamente quando o país foi atingido pelo pior terremoto de sua história (9 graus de magnitude). Provavelmente nada teria acontecido comigo, porque Tóquio e as outras cidades turísticas (como Kyoto e Hiroshima) nada sofreram. De qualquer forma, devido a esta tragédia, troquei o Japão pela Rússia e outros países do leste europeu, mas meu sonho de conhecer a "Terra do Sol Nascente" permaneceu vivo. Acompanhei os acontecimentos ao longo dos últimos meses. Atualmente os níveis de radiação em Tóquio continuam mais altos que o normal, mas não oferecem riscos para a saúde humana. (Leitura recomendada para ninguém ficar preocupado comigo: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/891041-ha-mais-radiacao-no-es-que-em-toquio-diz-medico.shtml).

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