sexta-feira, 24 de junho de 2011

[Mochilão 8] Dia 36: Tallinn - Madri

Acordei às 10h e fiz o checkout no albergue.

Peguei um taxi para o aeroporto, que custou apenas 4,20 euros ! O trajeto foi curto, de uns 15 minutos, mas mesmo assim achei bem barato.

1h de voo até Copenhagen. Devido ao fuso horário de menos uma hora, cheguei em Copenhagen praticamente na mesma hora que tinha saído de Tallinn.

Preços exorbitantes em Copenhagen. Um simples cachorro-quente com um refrigerante saia por 72 coroas dinamarquesas (10 euros) !!! Não comprei nada. Fiquei 3h no aeroporto esperando a conexão para Madri.

Embarcando no vôo da Spanair rumo a Madri.

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Não gostei dessa empresa. Eles cobram refeição a bordo, isso num voo de 3h de duração !! Me recuso a pagar 10 euros por um sanduíche safado e uma bebida.

Cheguei em Madri às 19h. Clima totalmente diferente de Tallinn e Helsinque ! Um calor sinistro de 35 graus, lembrando os dias mais quentes do verão do Rio !!

Madri é uma das minhas cidades favoritas. Incrível como me sinto em casa aqui ! Me identifico totalmente com o estilo de vida dos madrilenhos, que parecem sempre estar dispostos a celebrar a vida. As ruas de Madri são sempre cheias de vida, e a noite não tem hora para começar nem terminar !! Acho que os espanhóis tem um jeito de ser muito parecido com o dos brasileiros: descontraídos, abertos, informais, festeiros. A única diferença que vejo é a lingua mesmo.

Muito bom escutar as pessoas falando e entender (quase) tudo !! Há tempos não tinha essa sensação. :)

Peguei o metrô para o centro e desci bem no coração de Madri, na Gran Via, a principal avenida da cidade. Final de tarde de uma sexta-feira de verão. As ruas estavam bem movimentadas, cheias de gente ! Beeeem diferente das ruas vazias e sem vida de Helsinque.

Me hospedei no Hostal Montecarlo, na Gran Via, bem próximo a Puerta del Sol, o epicentro da cidade. Os "hostales" são um tipo de hospedagem bem típica de Madri. Apesar do nome sugerir, não tem nada a ver com albergue (hostel). Um hostal é uma pousada simples, geralmente ocupando um apartamento grande num edificio comercial. O meu hostal era exatamente assim: ocupava um apartamento no 2o andar de um edificio comercial, e nele tinha pelo menos mais uns outros 5 hostales.

Depois de 5 semanas dividindo quartos e banheiros de albergue com outras pessoas, eu merecia passar o último final de semana da viagem num quarto só pra mim, com ar condicionado gelando. Não saiu um absurdo de caro. Paguei 40 euros pela diária, e um albergue em Madri me custaria cerca de 15 euros num quarto para 6 pessoas.

A maioria dos hostales não tem recepção 24h. No caso do meu, a recepção só funcionava até 23h. Após esse horário, bastava tocar uma campainha do lado de fora do prédio e mostrar para o porteiro o cartão do hostal. Ele então abria o portão e sobia com o hóspede até o hostal, abrindo a porta.

Meu quarto era bem pequeno, mas pelo menos tinha o principal: ar condicionado gelando e um banheiro só pra mim.

Tomei um banho e desci pra procurar algo pra comer. Eu estava faminto !! Achei próximo a Puerta del Sol um restaurante chamado Fresc Co, com um buffet liberado por 10,90 euros, incluindo a bebida (também a vontade). Show de bola, era tudo o que eu precisava !! Comi muuuito !!

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Incrivel a quantidade de gente nas ruas por volta da meia-noite. Muitos ambulantes chineses vendendo cerveja nas ruas.

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Quando cheguei na Puerta del Sol, tive um choque. Parecia a Plaza de Mayo, de Buenos Aires, no auge da crise argentina em 2002. Tinha um monte de gente acampada protestando contra a crise econômica e o desemprego que atinge o país. Bem diferente do que vi nas outras vezes que visitei a cidade em 2005 e 2006.

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Me chamou a atenção também a grande quantidade de prostitutas nas ruas próximas.

Muitos camelôs africanos nas calçadas:

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A Plaza Mayor, um dos cartões-postais de Madri:

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Muitos mendigos dormindo nos cantos da praça, alguns revirando latas de lixo. Um cenário bem diferente do que vi há 5 anos, na última vez em que estive na cidade.

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No verão, os bares e restaurantes colocam mesas nas calçadas e praças, que ficam cheias até tarde:

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O Palácio Real:

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A night foi na Kapital, uma boate maneiríssima, enorme, de 7 andares !!! Surreal, nunca vi nada igual !!! Só começou a encher lá pelas 2h da manhã.

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A entrada custou 18 euros. O que achei esquisito é que não vendia cerveja lá, só destilados ! Nunca vi isso !! Uma cuba libre que tomei saiu por 12 euros, uma facada !!

Na pista principal, de repente, apareceu esse cara fazendo uma percussão maneiríssima da música que estava tocando !

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Um vídeo do percussionista:

Uma coisa boa também é que em Madri é proibido fumar em lugares fechados, como no Rio e SP. Na Rússia, Croácia e outros países por onde passei era insuportável ficar dentro de lugares fechados com um monte de gente jogando fumaça na sua cara.

A night bombou muitoooo !!! Fiquei lá até meu corpo não aguentar mais. A noite de Madri bomba tanto, mas tanto, que parece nunca ter fim ! Não há nada igual a noite madrilenha !! Eu queria "encontrar a parede", ver até onde aquilo continuava bombando, mas simplesmente não consegui !! Surreal...me rendi ! Fui vencido pelo cansaço às 5h da manhã e resolvi ir embora. Comi um pedaço de pizza e voltei pro hostal.

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