quarta-feira, 20 de agosto de 2014

[Mochilão 12] Dia 13: Cusco

Depois de 6:30h de viagem, chegamos às 4:30h da manhã em Cusco. Estava um frio de 4 graus. Desembarcamos numa espécie de mini-rodoviária da empresa Cruz del Sur.

Passageiros aguardando num salão a bagagem ser retirada e devolvida:


Aproveitei para comer um croissaint (4 soles = R$3,15) na lanchonete que havia no local, provavelmente o único lugar aberto aquela hora na cidade.

O local era um pouco afastado do centro de Cusco, onde ficava nosso hostel. Pegamos um taxi. No Peru, assim como na Bolívia, os taxis não tem taxímetro, e o preço das corridas precisam ser negociado antes. Pagamos 15 soles (R$12).

Nos hospedamos no Milhouse Hostel, um dos albergues mais conhecidos de Cusco. Já conhecia a filial de Buenos Aires e tinha gostado muito do ambiente festivo. Pagamos 65 soles (R$51) por pessoa em quarto duplo com banheiro:



Como eram 5h da manhã e o checkin era somente a partir das 13h, preferimos pagar uma diária adicional para ter um "teto" durante esse período. Dormimos até as 9h, quando acordamos para tomar o café da manhã (incluido na diária) servido no bar do hostel. O café era bem básico: torradas, suco de laranja e leite com sucrilhos.



Toando café numa varanda com vista para a cidade:


O hostel tinha arquitetura colonial, com um belo pátio interno:




Diferentes tipos de milhos andinos decorando uma parede:




Cusco, a antiga capital do Império Inca, é Patrimônio Cultural da UNESCO. É considerada a cidade habitada mais antiga do continente, e é conhecida como a "Capital arqueológica da América do Sul". Atualmente é uma cidade média, com 400 mil habitantes, mas que mantém seu centro histórico bem conservado. Muito bonita a cidade, com suas inúmeras ladeiras estreitas de paralelepípedo, construções coloniais e igrejas. A fusão do indígena com o europeu, que é tão marcante do Peru, está por todos os lados em Cusco, seja na arquitetura, na comida ou nas feições das pessoas. 

A cidade lembra uma mistura de Ouro Preto com Pelourinho. As ruas da cidade estavam cheeeeias de turistas. É, sem dúvida nenhuma, um dos destinos turísticos mais importantes da América do Sul.

Entrada do hostel:


A rua do hostel (Calle Quera), pertinho da Plaza de Armas, a praça central de Cusco:


Plaza de Armas:





Uma estátua na praça:


Pagamos 30 soles (R$24) para entrar na Catedral de Cusco, erguida no século 17 sobre as fundações do templo em homenagem ao deus inca Viracocha. Ingresso caro para entrar numa igreja e ficar 15 min lá dentro.



Um protesto de médicos em frente a Catedral:


O "Corcovado" de Cusco:


Igreja de la Compañia de Jesús:


Subir as ladeiras da cidade pode ser cansativo para aqueles pouco aclimatados aos 3.400m de altitude.

Esta é a Calle Hatunrumiyoc, onde construções coloniais foram erguidas sobre pedras que pertenciam a um antigo palácio inca:





Uma pequena praça perdida entre construções coloniais:


Ronaldo tirou uma foto com essa velhinha, que disse que cobrava 5 soles. Ele deu uma nota de 20 soles, mas ela se fez de desentendida e não queria dar troco. Hahahhahaha, caiu na pegadinha da foto !!


Pátio colonial:


Cuesta de San Blas, uma ladeira famosa:





A bucólica Plazoleta de San Blás:


Fomos no Museo Inka, um interessante museu de arqueologia, onde desenhos, cerâmicas, múmias e maquetes ajudam a contar a histórica da civilização inca.  Entrada 10 soles (R$8). Pátio interno:


Maquete de Machu Picchu:


Uma chola (senhora indígena) e sua lhama descansando na praça:


Na Plazoleta Regocijo estava havendo uma feira de produtos indígenas ("Folklore del Cusco"):





Ceviche:


Chicha, uma bebida alcoólica produzida com a fermentação do milho:


Uma rua de pedestres:


Mercado Central San Pedro, onde vende-se de tudo, de roupas a comidas:


Roupas:


Barracas vendendo sucos:


Frutas:


Açougue vendendo carnes estranhas sem refrigeração:


Pães:


Algumas barracas, curandeiras indígenas vendiam ervas para vários males e artigos para oferendas à Pacha Mama (Mãe-Terra). Algumas ervas e vitaminas tem nomes exóticos: "Unhas de gato", "Gordura de mula", "Rompe Cálculos", etc.


Souvenirs:


Maíz morada (milho roxo):


Diferentes tipos de chá:


Restaurante popular vendendo ceviches de diferentes tipos de peixe por 7 soles (R$5,50):




Bandeira peruana:


Focinhos de lhama:


Cereais diversos:


Diferentes tipos de milho:


Fomos almoçar num restaurante de comida típica peruana. Ají de gallina (espécie de estrogonof de frango picante) por 28 soles (R$22). O restaurante tinha mesas numa varanda perto da calçada, e toda hora éramos abordados por gente querendo vender de tudo: souvenirs, CDs de música andina, artigos de lã, etc.



Depois de almoçar, fomos no Museo de Sitio Qorikancha, um outro museu arqueológico que conta a história de Cusco. Não podia tirar fotos lá dentro.


O museu fica próximo ao Convento de Santo Domingo, que foi construído no lugar onde existia o Templo do Sol (ou "Qorikancha"), que era o maior e mais importante templo inca em Cusco. Todos os templos de Cusco foram destruídos pelos colonizadores espanhóis, e igrejas católicas foram construídas no lugar.


Como o convento foi construído aproveitando parte das estruturas do templo, é possível ver as pedras e muros que faziam parte da construção inca.


Estas indígenas usando roupas tradicionais tentavam ganhar um trocado abordando turistas para fotos:


Voltamos pro hostel. De noite, demos uma passada no bar do hostel para tomar uma cerveza e jogar sinuca:



Cerveja peruana Cusqueña 600ml por 6 soles (R$4,70):



O bar estava vazio, então fomos procurar outro lugar. Fazia um frio de rachar na rua.

O primeiro lugar que entramos foi a boate The Temple. Entrada gratuita e cerveja Cusqueña por 12 soles (R$9,50):


Fomos depois para a Mama Africa (também gratuita), que estava bem vazia.

Demos uma passada então no Ukuku's Bar, onde estava tocando salsa, mas estava também bem fraco lá. Conhecemos umas peruanas na saída do bar e fomos com elas para a Mama Africa, onde ficamos até umas 4h da manhã.

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