segunda-feira, 11 de agosto de 2014

[Mochilão 12] Dia 4: Santiago - Farellones

Dia de subir a Cordilheira dos Andes para esquiar. O despertador tocou bem cedo, às 6h da manhã. Tomamos o café da manhã no hotel e fizemos o checkout.

Fomos para a Ski Total, principal agência de esqui da região de Santiago. Tentamos pegar metrô para ir à Las Condes, bairro aos pés da cordilheira onde fica localizada a agência, mas estava IMPOSSÍVEL entrar nos vagões com a bagagem. Como era hora do rush, o metrô estava superlotado. Pegamos então um taxi para lá ($5650 = R$20). 

Descemos na Av. Apoquindo, uma das principais de Las Condes:



O local só tinha brasileiros, e a grande maioria estava alugando roupa e equipamento de esqui para passar o dia no Valle Nevado.

Shopping Omnium, onde fica o Ski Total:



Recepção:


Aluguei lá uma calça impermeável por $14000 (R$67), duas diárias. Só aluguei porque não tinha achado calça no meu tamanho para comprar no centro da cidade.  De qualquer forma, é caro alugar roupa de esqui. Vale mais a pena comprar, porque sai mais ou menos pelo mesmo preço, e a roupa no final fica para você. O equipamento de esqui eu deixei pra alugar em Farellones.

A Ski Total também faz o serviço de transporte em vans para as estações de esqui. Pagamos $26000, ida e volta (R$104). As vans sobem a cordilheira apenas entre 8h e 9h e descem de volta a Santiago apenas entre 17h e 18h. Muita gente prefere fazer um "bate-volta" na cordilheira, ou seja, subir cedo, esquiar durante o dia e descer no final da tarde de volta para dormir em Santiago, já que a hospedagem nas estações de esqui é caríssima.



Nós preferimos ficar hospedados em Farellones para aproveitar dois dias de esqui. Farellones é a estação de esqui mais próxima de Santiago, e a mais baixa. Os hotéis são os mais baratos da cordilheira, mas mesmo assim bem mais caros que em Santiago. Tinha pensado em ficar hospedado no Valle Nevado, a estação com melhor estrutura, mas achei os preços absurdos.

O trajeto até Farellones demorou 1:30h. Conhecemos na van uma menina de Floripa bem gente boa, que estava indo para El Colorado, outra estação de esqui.

Início da subida:


Primeiros trechos da estrada com neve:


Montanhas nevadas, já chegando em Farellones:



Ao descer em Farellones, a surpresa: a estação de esqui estava fechada por falta de neve. Só desceu a gente em lá. Todo os demais passageiros da van continuaram rumo a El Colorado, uma estação próxima dali (mais alta) que estava com neve.

Estava beem mais frio que em Santiago (4 graus).

O Hotel de Farellones, onde nos hospedamos, fica bem do lado da estação de esqui (fechada):


Nosso quarto mínusculo. Pagamos R$227,50 a diária por pessoa (café e jantar incluidos).



Este hotel é bem mais ou menos, e custou o dobro que o Mercure de Santiago (que é beeeeem melhor).

Gelo em frente ao hotel. Durante a noite, a temperatura é negativa.




Vista em frente ao hotel:




Alugamos equipamento de esqui no próprio hotel. Era mais barato que na Ski Total. O cara que atendeu a gente era bem gente boa. Pagamos $15000 (R$60) pelo equipamento completo de esqui.


Contratamos também um professor de esqui no hotel para dar uma aula básica para a gente. Eu não esquiava há 10 anos, e precisava dar uma desenferrujada. Pagamos $20000 (R$80) cada um por 1:30h de aula particular. Como a estação de esqui de Farellones estava fechada, fomos de carro com o professor para Santa Teresita, que fica bem perto do Valle Nevado.






O lugar estava cheeeeio de brasileiros fazendo "ski bunda" ou apenas brincando com a neve.


Fomos depois para a El Colorado, uma estação de esqui próxima de Farellones. Ali sim havia bastante neve. Pagamos $10000 (R$40) pelo transporte de ida e volta.



Bilheteria. Paguei $36000 (R$144) pelo ski pass, um cartão que dá acesso aos teleféricos de esqui. Bem caro, considerando que a validade dele era apenas para aquela tarde.


Muitos brasileiros por todos os lados:



A pista El Pinguino, de nível fácil:





Subindo no teleférico:


Um vídeo que gravei subindo o teleférico:



O teleférico subiu muuuuuito, e quando cheguei lá em cima, no topo da montanha, percebi que o nível fácil da pista não era exatamente fácil, mas SINISTRO ! ahhahaha. A pista tinha uma inclinação de 19% !!


Havia no local muitas crianças, que desciam a montanha esquiando com uma facilidade incrível. Tomei coragem e encarei. Na primeira curva que tentei fazer, tomei um belo tombo, digno de ser mostrado no "Video Cassetadas" do Faustão ! Na segunda tentativa, caí de novo, e dei uma torcida de leve no meu tornozelo, que ficou bem dolorido. Achei melhor desistir e descer de volta para a base pelo teleférico. O cara que tomava conta do teleférico disse que eu não podia descer nele, porque era só para subir. Ele me falou para pegar outro teleférico que ficava a uns 200m daquele. O pior é que também não queriam me deixar descer neste outro, mas eu disse que estava com dor no tornozelo e que não daria pra descer pela pista. O fiscal fez uma cara feia, passou um rádio pedindo autorização pra base, e acabou me deixando descer. Enquanto eu descia, todo mundo que subia no teleférico me olhava como se eu fosse um ET.

Enfim, cheguei são e salvo na recepção, onde encontrei com o Numb2. Já estava na hora do transfer buscar a gente e levar de volta pro hotel.

De noite, jantamos no próprio hotel (estava incluido na diária) e saímos para procurar algum bar aberto. Temperatura: zero grau. Frio SINISTRO demais. Perto do hotel tinha o bar Montañes, mas já estava fechando. Não tinha ninguém na rua. Sabíamos que Farellones tinha outros bares, mas não sabíamos exatamente onde. Não rolava de ficar naquele frio congelante procurando bar aberto. Abortamos a missão e voltamos pro hotel. 

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