sexta-feira, 22 de agosto de 2014

[Mochilão 12] Dia 15: Cusco - Aguascalientes

Acordamos cedo para fazer uma excursão de um dia inteiro pelo Valle Sagrado, uma região nos arredores de Cusco com inúmeros sítios arqueológicos incas. Visitamos Pisac, Urubamba e Ollantaytambo:


Embarcamos no ônibus com nossa bagagem, pois o plano era ficar em Ollantaytambo (abandonando a excursão, que volta para Cusco) e de lá pegar o trem para Aguascalientes, cidade que fica ao lado de Machu Picchu. 

A primeira parada foi em Pisac, a 30 Km de Cusco. 

Galera da excursão descendo do ônibus e contemplando a vista do vale:




Subindo uma trilha para entrar no sítio arqueológico:


Pisac tem morros com terraços que eram utilizados pelos incas para a agricultura:






Ruínas próximas aos terraços:



Fomos em seguida para Urubamba, a 80km de Cusco, onde almoçamos na Hacienda Puka Punku:


O restaurante tem um buffet "all you can eat" enorme de comida peruana. Dava vontade de provar tudo. Saí pegando um monte de coisas que nem sabia o que era (e talvez nunca saiba...). Tinha umas coisas muito gostosas. Foi a melhor experiência gastronômica da viagem. Custou 35 soles (R$27,50), incluindo um outro buffet de sobremesa. Um preço muito justo para o que era oferecido.



Sopa de quínua:

Tomate, camote (batata-doce) e outras coisas que não sabia o que era:


Ollantaytambo, a 97 Km de Cusco, é a mais bem preservada cidade inca da região. Aqui os incas desenvolveram atividades agrícolas, administrativas, sociais, religiosas e militares. Muitas das casas da cidade são da época dos incas. A cidade fica num impressionante vale com montanhas muito altas.







Um "tuc-tuc", como os que são usados no sudeste asiático:


Entrada do complexo arqueológico de Ollantaytambo:




Subindo as escadarias do terraço:






Vista do terraço:



Ruínas do Templo do Sol:



Um caminho que era usado pelos incas:





Uma fonte d´água:

A guia da excursão combinou com o grupo às 16h na entrada do parque arqueológico para embarcarmos no ônibus. Deu 16:10, e todos estavam lá, menos o Ronaldo, que tinha ficado para trás e sumiu. O pior é que eu não tinha como me comunicar com ele, já que meu celular tinha descarregado. E agora ? Voltamos todos para o ônibus. Como nossa idéia era abandonar a excursão e ficar em Ollantaytambo para pegar o trem para Aguascalientes, tínhamos levado toda a nossa bagagem no ônibus da excursão. Eu e o Ronaldo fomos os dois únicos da excursão que fizemos isso. Pedi pro motorista me deixar na estação ferroviária. Tive que descer do ônibus com meu mochilão, minha mochilinha pequena, a mala do Ronaldo (que mais parecia um container) e um monte de coisas que ele tinha deixado no ônibus (casacos, luvas, etc).  Por sorte, quando o ônibus já estava saindo, ele apareceu na calçada com cara de perdido. Quase que fica na pista.

Fomos andando mesmo para a estação ferroviária, a uns 500m da praça central de Ollantaytambo.

Ao entrar na estação, fomos informados pelos guardas que não poderíamos embarcar no trem com nossas bagagens. Mas como assim ?!?? Só era permitido o embarque de bagagem de mão de até 5 kg. Estava escrito isso em letras miúdas na passagem de trem que eu tinha comprado na internet.  É lógico que eu não tinha visto esse "pequeno" detalhe.

Normalmente, o que as pessoas fazem para ir a Machu Picchu é deixar a bagagem no hotel em Cusco e levar uma mochila menor com uma muda de roupa, carregando somente o essencial para passar uma noite em Aguascalientes, vilarejo vizinho a Machu Picchu. Há também aqueles que vão de Cusco para Aguascalientes e Machu Picchu e voltam no mesmo dia, mas acho que fica muito corrido.

Falamos com o chefe da estação, tentamos "desenrolar", mas não teve jeito. Ele deixou a gente guardar a mala e o mochilão num quarto de bagagens da estação, e na volta a gente poderia pegá-las de volta. Não tivemos outra opção. Colocamos uma muda de roupas na bagagem de mão e embarcamos no trem:





A passagem custou 162 soles (R$128) no site da empresa de trens Perurail. O trem saiu às 19h de Ollantaytambo e chegamos a Aguascalientes às 20:45. Não deu pra ver nada da paisagem, porque já estava escuro.



Aguascalientes, também conhecida como "Machu Picchu Pueblo" é uma cidade mais baixa que Cusco (2000m, contra 3400m), e por isso não fazia tanto frio quando chegamos (15 graus).

Nos enrolamos um pouco para achar nosso hotel (Sol de Oro). Na recepção, ao mostrar a reserva, percebemos que algo estava errado, porque a atendente nos pediu para aguardar e foi falar com alguém lá dentro. Fizemos o pagamento (61 soles por pessoa = R$48), e ela nos levou para outro hotel a alguns metros dali, o "Ecológica Mapi". Provavelmente o Sol de Oro estava lotado e eles fizeram alguma lambança com nossa reserva. A primeira coisa que fiz foi procurar na internet o valor da diária desse outro hotel, para ver se tinham nos colocado num lugar mais barato do que estávamos pagando. Como na verdade esse outro hotel tinha uma diária mais cara, deixei rolar e nem reclamei.

O hotel era bem fraquinho, mas para passar a noite era o suficiente.



A cidade é beeem pequena, e vive exclusivamente do turismo, servindo como base para aqueles que visitam Machu Picchu, que fica a 30 min de ônibus de lá.  O que mais tem é pousadas, restaurantes, lojas de souvenirs e pequenos mercados.

Comemos num restaurante onde só tinha peruano. Esses são os melhores e mais autênticos :-)

O menu com entrada, prato principal e sobremesa saiu por apenas 15 soles (R$11,80) !

Entrada: salada de "palta" (abacate):


Frango com arroz e legumes:


Inca Kola, refrigerante peruano feito de erva-cidreira:


Compramos água e biscoitos num pequeno mercado perto do hotel, e fomos dormir cedo, porque a idéia era chegar o mais cedo possível em Machu Picchu no dia seguinte. 

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