sábado, 15 de junho de 2013

[Mochilão 10] Dia 18: Jerusalém

Acordei bem tarde, e perdi o café da manhã do albergue, que ia até 10h. O jeito foi comprar algo pra comer num mercado 24h que havia embaixo do albergue.

A Yaffa Road deserta em pleno sábado de manhã:

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Azulejos em frente a Prefeitura de Jerusalém, com um mapa antigo mostrando a cidade como o centro do mundo:

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Torre de Davi, uma cidadela dentro da Cidade Antiga, com ruínas e um museu contando a história de Israel.

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No alto da Torre de Davi, a vista da cúpula dourada do Domo da Rocha (cartão-postal de Jerusalém) e o Monte das Oliveiras ao fundo:

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Vídeo que gravei com a vista:

Durante o shabbat, muitas atrações de Jerusalém (incluindo museus) ficam fechadas, mas a Torre de Davi é uma exceção.

O museu dentro da Torre de Davi é bem interessante, e serve como uma boa introdução para a complexa história de Israel.

Maquete mostrando como era Jerusalém na época do rei Salomão (séc. 10 AC):

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Como era o Segundo Templo (séc. 6 AC) antes de ser destruído pelos romanos em 70 DC.

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Saindo da Torre de Davi, andei por cima das muralhas que cercam a Cidade Antiga. A entrada fica próxima a parte externa do Portão de Yaffa. Paga-se um ingresso para poder subir nas muralhas (o lugar é conhecido como "Ramparts Walk", em inglês).

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Vista da Abadia da Dormição, costruída no local onde Virgem Maria morreu.

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Desci das muralhas e fui para o setor judaico da Cidade Antiga.

Uma viela do setor judaico:

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O Menorá, candelabro que é símbolo do judaísmo. Este exemplar, localizado próximo ao Muro das Lamentações, é todo de ouro.

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A praça do Muro das Lamentações, bem mais vazia que ontem.

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Para se aproximar do muro, passando dessa divisória que está atrás de mim nessa foto, os homens tem que cobrir a cabeça. Quem não estiver com a cabeça coberta, pode pegar emprestado gratuitamente um quipá judaico logo ao lado da divisória. Esta parte também é dividida por sexo: homens à esquerda e mulheres à direita. Tem uma divisória separando a parte masculina da feminina.

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Muitas pessoas colocam pedaços de papel com pedidos nas fendas do muro. Nesta parte não pode tirar foto, e fica um cara controlando e repreendendo os teimosos, mas basta ser discreto.

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Uma praça cheia de bandeiras de Israel no setor judaico:

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Sinagoga:

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Judeus ortodoxos, que cumprem ao pé da letra os mandamentos do Torá, o livro sagrado do judaísmo. Várias regras são seguidas à risca: rezar ao menos 3 vezes ao dia, forte restrição ao uso de métodos anticoncepcionais (por isso os casais sempre têm muitas crianças), só alimentar-se de comida kosher (não pode comer carne com queijo, por ex), vestir-se com "modéstia" (trajes conservadores), não tocar em mulheres que não a sua (nem mesmo aperto de mão é permitido), respeitar a separação de sexo em lugares como escolas e sinagogas, e repeitar o shabbat, quando diversas atividades são proibidas (como trabalhar, andar de carro ou transporte público, escrever, cozinhar, lavar, etc).

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Ruínas do Cardo Maximus, uma grande avenida que cortava toda a Cidade Antiga há cerca de 2000 anos, durante a época em que Jerusalém estava sob domínio dos romanos.

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Trecho da muralha que cercava a Cidade Antiga no século 8 AC:

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Lojas de souvenirs:

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Comi um shwarma (kebab) por 20 shekels (R$12) nessa lanchonete. Reparei que o pessoal aqui precisa de umas aulas de higiene básica. Eles preparam o sanduíche com a mão, a mesma que pega no dinheiro e dá o troco (sem te agradecer...nunca agradecem). O atendente fura o pão sírio na metade com a mão (faca pra quê ??) e coloca o recheio lá (salada, hummus e carne de carneiro). O bom é que isso ajuda a criar anticorpos :) Pelo menos não passei mal nenhuma vez nessa viagem.

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Feira no setor muçulmano:

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Vídeo que gravei na feira:

Um açougue árabe:

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Vendedor de suco de laranja. Muito comum ver por aqui estes vendedores, que usam no lugar do espremedor elétrico, uma prensa mecânica.

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Uma loja com letreiro escrito em russo, algo comum por aqui. Cerca de 1 milhão de judeus russos vivem em Israel.

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No setor cristão, a Igreja do Santo Sepulcro, construída no século 4 no local onde Jesus foi crucificado:

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Subindo o Monte das Oliveiras, lugar sagrado para cristãos, judeus e muçulmanos. Segundo a Bíblia, Jesus trasmitiu ensinamentos neste lugar. Há um imenso cemitério judaico nesta área, que fica fora da Cidade Antiga, mas bem próxima ao Portão de Lion. Tem que subir uma longa escadaria, e é recomendado fazer isso de manhã cedo ou no final da tarde, quando o sol está mais fraco.

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A vista incrível da Cidade Antiga no mirante do Monte das Oliveiras em frente ao Hotel Seven Arches:

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O tempo todo ficavam uns molequinhos árabes abordando os turistas pedindo dinheiro ou tentando vender souvenirs.

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Jerusalém Oriental é árabe, bastante diferente da parte ocidental (judaica). Logo ao lado do mirante do Monte das Oliveiras, a impressão era a de estar na Palestina e não em Israel. O lugar era visivelmente mais pobre. Eu fui abordado várias vezes por crianças árabes querendo me vender coisas ou pedindo dinheiro. Não vi turistas nem judeus nesta parte.

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Bem na entrada desse bairro, uma enorme bandeira de Israel, que deve estar atravessada na garganta dos árabes que moram ali. Eles se consideram palestinos e não israelenses. Jerusalém Oriental pertencia à Jordânia até 1967 (assim como toda a Cisjordânia), quando Israel invadiu e assumiu o controle deste território. Entre 1948 e 1967 Jerusalém foi uma cidade dividida ao meio por um muro, assim com era Berlim. A Cidade Antiga e toda Jerusalém Oriental pertencia à Jordânia. Desta forma, os judeus ficaram 19 anos sem poder ter acesso ao lugar mais sagrado para eles, o Muro das Lamentações.

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O idioma oficial passa a ser o árabe, e não há nada escrito em hebraico:

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Até o domínio do site é da Palestina (.ps):

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Muita sujeira, ao contrário da parte judaica que é bem limpa:

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Um camelo, só para não me deixar esquecer que isso aqui é Oriente Médio ! :)

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Comi outro shwarma na Cidade Antiga e voltei para Jerusalém Ocidental. Depois do pôr do sol, o shabbat terminou e todo o comércio abriu. As ruas ficaram bem mais cheias.

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Uma loja de quipás:

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Voltei pro hostel, tomei um banho e fui procurar algum lugar legal pra sair à noite. Passei no bar do hostel (que estava bombando) e tomei uma cerveja israelense Goldstar de 0,5L. Muito cara ! 24 shekels = R$15. Uma das atendentes do bar estava com a camisa do Flamengo !! (repare na foto, ao fundo, à direita). Era brasileira e estava trabalhando lá.

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Ben Yeruda, rua de pedestres muito conhecida em Jerusalém Ocidental. Como era um sábado a noite, estava bem movimentada. Ouvi muita gente falando inglês nas ruas de Jerusalém, inclusive judeus ortodoxos. Os turistas americanos são maioria absoluta em Israel. Há um laço muito forte entre EUA e Israel, que têm mais ou menos o mesmo número de habitantes judeus (cerca de 6 milhões cada). Os EUA investem fortemente em Israel e dão ajuda financeira, enquanto que Israel faz um lobby fortíssimo no congresso americano (inclusive financiando campanhas).

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Judeus cantando e brincando de roda na rua:

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Video que gravei:

Uma rua de pedestres próxima a Ben Yeruda com bares lotados:

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Achei a noite de Jerusalém meio fraca. Andei pelas região boêmia (arredores da rua Ben Yeruda) e entrei em vários bares, mas não achei nada de muito interessante. E para piorar, a cerveja é cara demais (raramente abaixo de 20 shekels = R$12). Achei que seria perda de tempo. Resolvi voltar pro hostel e dormir.

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