segunda-feira, 23 de março de 2015

[Mochilão 13] Dia 18: Cingapura-Kuala Lumpur

Dia de me despedir de Cingapura e partir rumo a Kuala Lumpur, a capital da Malásia.  

Tomei café da manhã no hostel, fiz o checkout e peguei o metrô para o Harbourfront ($1,80 = R$3,60).

Comprei ringgits (a moeda da Malásia) numa casa de câmbio no shopping do Harbourfront. 

Uma nota de 1 ringgit (R$0,75)


Teleférico que liga o Harbourfront a ilha de Sentosa:



Embarquei no ônibus de dois andares da empresa Aeroline ali mesmo no Harbourfront. A passagem para Kuala Lumpur custou $36 (R$72).


 Achei o ônibus muito bom e confortável. Tinha serviço de bordo e sistema de entretenimento como aqueles que tem nos aviões.


O trajeto de Cingapura a Kuala Lumpur durou 6h (350 Km).


Atravessando a ponte que liga Cingapura à Malásia:


Paramos logo depois de atravessar a ponte no posto policial de controle de fronteira de Cingapura, onde todos os passageiros desceram para passar pelo controle de passaportes.

Após receber o carimbo de saída de Cingapura, embarcamos de novo e fomos para o posto de imigração e alfândega da Malásia. Desta vez tivemos que desembarcar do ônibus com toda a bagagem. Ganhei o carimbo de entrada na Malásia no passaporte (o policial não perguntou nada), e depois tive que passar minha bagagem no raio-x. O policial perguntou se havia alguma garrafa dentro do meu mochilão. Eu disse que sim, um licor. Ele perguntou quantos dias eu ficaria na Malásia, e pediu para ver a minha passagem de saída (Kuala Lumpur-Abu Dhabi). Ele disse que não havia problemas em entrar com álcool no país porque eu passaria apenas 2 dias na Malásia, mas se passasse mais tempo, eu teria que pagar imposto.

Embarcamos de volta no ônibus e continuamos a viagem. Essa foi a única parada que fizemos no trajeto até Kuala Lumpur.

Pouco depois, o comissário de bordo serviu o almoço: arroz, frango empanado e legumes. Ganhamos também uma garrafa de água mineral.


O caminho até Kuala Lumpur foi praticamente um retão percorrendo uma extensa planície com florestas tropicais e plantações de bananeiras. Não vi nenhum sinal de pobreza e nenhuma cidade no caminho.


Chegada a Kuala Lumpur:


O pouco que eu sabia sobre a Malásia antes de pisar aqui é que se trata de um país islâmico, e que é "o lugar onde os aviões caem".  Me surpreendi muito positivamente logo na chegada. O desembarque não foi numa rodoviária. Foi em frente ao Hotel Corus, na região de KLCC (Kuala Lumpur City Centre). Este é um dos lugares mais ricos e sofisticados da cidade, com muitos hotéis de luxo, lojas e shoppings elegantes, restaurantes renomados, bares da moda e modernos arranha-céus.


Estava abafado do mesmo jeito que Cingapura (30 graus). 

Peguei o metrô na estação Ampang Park (perto de onde o ônibus parou) e fui para a estação Masjid Jamek. Era hora do rush (18h) de uma segunda-feira, mas o metrô não estava cheio e deu para entrar tranquilo com minha bagagem. A passagem custou 1,60 ringgits (R$1,20).

Uma coisa engraçada no metrô daqui é que as pessoas esperam pelo trem na plataforma formando filas onde ficam as portas do vagões. 


Desembarcando na estação Masjid Jamek:


O Back Home Hostel, onde me hospedei, fica numa região bem central da cidade.

O trânsito estava bem ruim nas ruas das proximidades, e é meio bagunçado (muitas motos). Pelo menos não tem tuc tucs como na Índia. Os pedestres não tem preferência.




Muitas motos andavam em cima das calçadas para fugir do engarrafamento:


Achei o hostel muito bom. Tudo novo e muito limpo.

O corredor do meu quarto:


Os nomes dos hóspedes ficavam escritos nas portas dos quartos. Fiquei num quarto com um americano e duas alemãs. A diária custou 56 ringgits (R$42). O quarto tinha ar condicionado, essencial para sobreviver nesse calorão.





Aproveitei o resto do dia para conhecer um pouco da cidade. 

A Menara Kuala Lumpur, uma torre famosa:


Restaurante chinês com mesas nas calçadas:


Sobrados antigos:


A pobreza aqui é pequena, limitada a alguns mendigos:


A Masjid Jamek, uma das principais mesquitas da cidade, misturada aos edifícios comerciais. Cerca de 60% dos habitantes da Malásia são muçulmanos, 20% são budistas, 9% cristãos e 6% hindus. Mais ou menos metade das mulheres nas ruas da Malásia usam véu e manga comprida, apesar do calor. Algumas poucas usam burca.


"Mantenha a cidade limpa", dizia o outdoor com uma campanha do governo local. Achei Kuala Lumpur bem limpa.


Carruagens a frente:

Dataran Merdeka (Praça da Independência), onde foi hasteada pela primeira vez a bandeira da Malásia quando o país conquistou dos colonizadores britânicos a independência em 1957.






Mosaicos na praça com imagens de Tunku Abdul Rahman, responsável pela independência do país. Por este motivo, ele é conhecido como "O pai da Malásia". Foi primeiro ministro do país de 1957 a 1970.




Ao lado da praça há um imenso gramado que pertencia a um clube. Durante o período colonial, o local era utilizado pelos britânicos em partidas de cricket.


Uma galeria de arte em frente a praça:


Em frente à praça fica o Bangunan Sultan Abdul Samad, um edifício com arquitetura mogol que é sede de alguns ministérios do governo da Malásia.


Peguei o metrô e depois o monotrilho para a estação Bukit Nanas (2,80 ringgits = R$2,10). Já havia escurecido quando cheguei lá.


Esta região, conhecida como Golden Triangle, é bem sofisticada, com muitos hotéis de luxo, bares, restaurantes e prédios comerciais modernos. Esta região tem muitos turistas ocidentais caminhando pelas ruas.

Alguns cruzamentos tinham sinais que ficavam piscando amarelo (não fechavam nunca), e os carros não paravam para os pedestres atravessarem. Meio complicada a vida de pedestre aqui.


Sorvete de durian (fruta asiática semelhante a jaca):


Subi na Menara Kuala Lumpur, a torre mais alta do sudeste asiático, com 421m de altura. O ingresso custou 99 ringgits (R$74), uma facada !!


Bandeira da Malásia:


Mirante no alto da torre:


Vista da cidade:


Depois de descer da torre, fui caminhando por alguns quarteirões em direção ao KLCC (Kuala Lumpur City Centre), onde ficam as famosas Petronas Twin Towers, que até 2003 eram as mais altas do mundo (452m). É o principal cartão-postal da Malásia. Tinha muita gente tirando fotos com as torres ao fundo.


Embaixo das torres há um shopping, o Suria KLCC:


Dentro do shopping, um carro de Formula 1 da Mercedes com patrocínio da Petronas, a empresa nacional de petróleo da Malásia:


Aproveitei para jantar na praça de alimentação do shopping. Já eram quase 22h e muitos restaurantes e lanchonetes estavam fechando, mas consegui jantar num restaurante de comida indiana. Comi chicken masala (frango com curry) e pão naam. Deu 9 ringgits com bebida (R$6,75). Muito barato !

Apesar do idioma malaio ser incompreensível para nós brasileiros, uma coisa que achei muito boa aqui é que todo mundo fala inglês. Muito tranquilo.

Peguei o metrô de volta para o hostel. Quando cheguei lá, às 23h, as ruas estavam desertas, mas deu pra ver que a Malásia é tão segura quanto Cingapura. As leis severas do país punem com pena de morte crimes graves (tráfico de drogas, homicídio, terrorismo e sequestro). Os índices de crimes são extremamente baixos no país, mesmo se comparados a países de primeiro mundo.

Um comentário:

  1. É triste pensar que a redução da criminalidade passa por lei rigorosas. E aqui no Brasil esse chororô da intelectualidade governista contra a redução da maioridade penal.

    Malásia muito bacana!

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