domingo, 3 de setembro de 2006

[Mochilão 3] Dia 3: Madri - Roma - Nápoles

Saí da pousada à meia-noite, peguei o metrô e cheguei no aeroporto 1h da manhã. O vôo estava marcado para as 7:20 da manhã, então eu teria que passar a noite no terminal.

O novíssimo terminal 4 do aeroporto de Barajas é o mais bonito que já vi. É algo de grandioso, impressionante, uma obra-prima da arquitetura. Tem um design futurista e inovador.

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Os banheiros pareciam de hotel 5 estrelas. O chão era tão limpo que não hesitei em fazer o mesmo que um grupo de mochileros: joguei minha mochila num canto do saguão, me cobri com um casaco e deitei no chão, fazendo a mochila de travesseiro !!!

Eu estava um bagaço. Já não havia dormido na noite anterior, pois estava no vôo Rio-Madri e nunca consigo dormir em avião. Não por medo, mas pelo desconforto de viajar na classe econômica com os joelhos espremidos contra a poltrona da frente. Ser alto tem seus contras também !

Tentei dar uma cochilada, mas mesmo estando cansado, dormir em aeroporto não é mole. Cada vez que eu começava a pegar no sono, anunciavam algum vôo no sistema de som, e eu acordava. E também tinha a preocupação de perder a hora do checkin.

Fiquei enrolando até as 6h da manhã, quando fiz o checkin. Eu estava um zumbi, com duas noites sem dormir. Comi um sanduíche numa lanchonete, embarquei no avião e tirei uma soneca, só acordando 2h depois quando já estava aterrisando em Roma, às 9:30.

Peguei o trem no aeroporto para chegar na estação Termini, no centro de Roma. Minha idéia original era pegar o trem para Nápoles assim que chegasse a Roma, pois já havia estado lá no ano anterior. Mas minha vontade de ver novamente o Coliseu, a Fontana di Trevi e tomar um sorvete na Gelateria Giolitti acabou me convencendo a passar algumas horas na cidade.

Enfrentei uma fila grande na estação Termini pra deixar minha mochila no guarda-volumes. Quando consegui guardar a mochila, já passava de meio-dia. Bateu a fome. Dei uma passada numa lanchonete em frente a estação, onde comi uma lasanha muito boa.

Fui primeiro ao Forum Romano, onde tirei umas fotos:

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Videos que gravei no Forum Romano:



A Via dei Fori Imperiali, com o Coliseu ao fundo:

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Video da Via dei Fori Imperiali:

O cartão-postal mais famoso de Roma:

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Forum de Augusto. A cena mais comum em Roma: colunas, escadarias muitas pedras:

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Monumento a Vittorio Emanuele II:

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Sim, na Europa também tem camelô !!!

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A magnífica Fontana di Trevi:

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Video da Fontana di Trevi:

Gelateria Giolitti, a sorveteria mais tradicional de Roma. Tomei um sorvete de Nociolla com Ciocolatto...muito bom !

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A famosa Via Condotti, onde ficam as lojas de griffe:

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Precinhos camaradas da Salvadore Ferragamo....mesmo em euros, mesmo em Roma, tudo mais barato do que na filial do Shopping Leblon !!! Calça 185 euros, sapato 350 euros, óculos 195 euros !!!

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Scalinata di Spagna, na Piazza di Spagna:

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Fontana della Barcaccia, na Piazza di Spagna:

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Subi a Scalinata di Spagna, e dei uma volta na Villa Borghese, um dos maiores parques da cidade. Dei uma descansada numa sombra, pois o calor estava forte.

Me despedi de Roma e voltei pra estação Termini, onde comprei a passagem para Nápoles num caixa de auto-atendimento. Tinha menu em várias línguas, inclusive português (de Portugal). Melhor assim, pois não precisei gastar meu italiano macarrônico com os caixas da Trenitalia, nem passar perrengue para entendê-los, como aconteceu no ano anterior.

Uma propaganda da cerveja Peroni na estação de trem comemorando a conquista da Copa de 2006 pela Itália: "Il gusto della vittoria non cambia mai" (o gosto da vitória não muda nunca)

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O trem que peguei para Nápoles:

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Embarquei no trem às 16:30. Era um trem com cabines de 6 poltronas. Na minha cabine haviam 4 mulheres e um homem, todos italianos. Guardei minha mochila no compartimento de carga que ficava acima das poltronas. Duas das italianas eram lindas, verdadeiras princesas !!!

A viagem até Nápoles durou cerca de 2 horas. Ao sair da estação de trem, o choque: achei que estava na Central do Brasil. O visual não era dos melhores: uma praça (Piazza Garibaldi) com um terminal de ônibus cheio de gente esquisita, e meio suja. E para piorar, estava escurecendo. Peguei o mapa, e vi que o albergue ficava perto da Piazza Municipio, a cerca de 2 Km dali. Não havia estação de metrô próxima ao albergue. Eu poderia ir de ônibus, mas não conhecia o sistema de tarifação da cidade, e muito menos as linhas. Pegar taxi, só em último caso, afinal de contas, eu sou um mochileiro !! Fui a pé !!!

Primeiro, tive que tentar me localizar no meio daquela bagunça. Vi no mapa que tinha que descer a Corso (avenida) Umberto I. Custei a encontrá-la, pois as ruas não tinham placas com os nomes. Parece que é feito para sacanear os turistas ! Perguntei a uma pessoa que passava pela praça, e ela não sabia onde era. Depois de dar várias voltas consegui encontrar a rua.

Andar 2Km com uma mochila de 15Kg nas costas e com 2 noites sem dormir não foi moleza. Eu estava me arrastando. Achei essa rua bem esquisita, meio escura e suja.

O trânsito nessa rua era infernal. Estava tudo engarrafado, e todo mundo buzinava o tempo todo. Para piorar, várias lambretas ficavam passando entre os carros, também buzinando. Uma zona. Eu realmente estava na Itália.

Cheguei a Piazza Municipio e comecei a procurar a Via Melisburgo. Foi bem difícil encontrá-la, pois as ruas não tinham placas, mas eu sabia que era perto da praça. Fiquei rodando uns 20 minutos tentando achar a rua, mas finalmente consegui achá-la.

O albergue (Hostel of The Sun) ocupava um dos andares de um edifício comercial antigo. O engraçado é que entrei no elevador, marquei o andar, e nada acontecia. Resolvi subir pelas escadas. Depois descobri que para fazer o elevador funcionar, era necessário inserir uma moeda !

Fiz o checkin no albergue, que era pequeno, mas bem legal. Os funcionários italianos que trabalhavam na recepção era muito gente boa. Fiquei tentando falar em italiano com eles, mas começava a misturar com espanhol e ninguém se entendia. Tive que partir para o inglês. Eles me chamavam de "Il brasiliano", e estavam animados por ter um brasileiro como hóspede. O assunto futebol logo surgiu. A Itália havia acabado de conquistar a copa do mundo, e eles fizeram mil elogios à seleção brasileira.

Tomei um banho (estava realmente precisando de um !), dei uma descida pra comer um sanduíche numa pequena lanchonete próxima dali, voltei pro albergue e desmaiei na cama.

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