sexta-feira, 15 de setembro de 2006

[Mochilão 3] Dia 15: Istambul

O café da manhã do albergue, típicamente turco, foi uma esperiência única. Para começar, o horário: ele era servido das 8h às 12h. O funcionário do albergue me serviu um prato com pão, manteiga, tomate, ovo cozido (com a casca), pepino e passas. Ele estranhou muito quando viu que eu só comi pão com manteiga. Até perguntou se tinha algo de errado. Achou mais estranho ainda quando eu disse que não queria beber nada, depois que ele perguntou se eu queria café ou chá.

O funcionário era um turco bem gente boa, mas com um inglês bastante rudimentar. Ele se mostrou bastante curioso quando eu disse que era brasileiro. A comunicação foi complicada, mas ele se declarou uma apaixonado pelo futebol brasileiro, e disse que o Zico estava fazendo um bom trabalho como técnico do Fenerbahçe, um dos times mais populares de Istanbul. Vários brasileiros jogavam no futebol turco.

Quando comecei a comer, ouvi um "fala flamenguista !" (eu estava com a camisa do Flamengo). Era o Rafael, um cara gente boa de Florianópolis, que havia ido da Espanha até a Turquia num veleiro. Era o último dia dele em Istanbul.

Saímos pra dar uma volta pela cidade juntos. Fomos primeiro na Aya Sophia, uma igreja bizantina que foi convertida em mesquita, e posteriormente em museu. Na fila para entrar, uma mulher virou pra mim espantada, e disse: "como assim ??? o meu Flamengo aqui tão longe ??". Era um grupo de Florianópolis viajando pela Europa.

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Há uma fila enorme de turistas aguardando para colocar o dedo neste buraco, pois dizem que dá sorte:

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Depois fomos na Cisterna Romana, construída pelos bizantinos no século VI. Este é um dos lugares mais incríveis que já vi. Uma galeria subterrânea enorme, que é um reservatório d'água, sustentada por centenas de colunas de mármore, com uma iluminação especial e uma suave música ambiente. Tudo isso criava uma atmosfera de paz absoluta. Impossível descrever a magia daquele lugar em palavras, mas saí de lá totalmente relaxado.

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A cabeça de medusa (de cabeça para baixo) num dos cantos da cisterna. Não se sabe ao certo como ela foi parar lá.

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Mesquita Azul:

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Vídeo da Mesquita Azul quando se iniciava uma oração:

O momento em que se iniciava uma oração. Isto é uma praça:

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Um vídeo que gravei na hora da oração nessa praça:

O Grand Bazaar, que é um enorme mercado que vende de tudo, principalmente souvenirs. É tão grande, que me perdi várias vezes andando por lá. Os vendedores turcos (assim como os árabes) são negociadores natos. Nada tem preço nas vitrines, é tudo negociado, é parte da cultura deles. Funciona assim: primeiro, eles jogam um preço que normalmente é o triplo do que a mercadoria realmente vale. Você oferece 1/10 do que ele pediu, e aí a negociação começa, até que se chegue a um preço "justo". Mas depois de comprar, você sempre sai com a sensação de que poderia ter pago mais barato. Aceitar a primeira oferta, sem negociar nada, é como uma ofensa para o vendedor, pois ele vai ficar achando que poderia ter vendido mais caro. Comprei uma camisa do Fenerbahçe e uma de Istambul, depois de desenrolar muito com o vendedor.

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Engraçado ver essa homenagem à potência do homem brasileiro numa das lojas do bazar !!

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Universidade de Istanbul:

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Uma das lanchonetes de kebab:

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Nas lanchonetes de kebab e no Grand Bazaar, os turcos olhavam para a minha camisa do Flamengo com curiosidade, e muitos me perguntavam que time era. Ao saberem que era do Brasil, abriam um sorriso enorme, e começavam a enumerar vários jogadores brasileiros que estavam jogando no futebol turco. A rivalidade entre o Fenerbahçe e o Galatasaray era clara. Quando algum torcedor do Fenerbahçe falava no Zico, sempre tinha alguém do lado fazendo cara feia.

O bonde moderno que corta o bairro de Sultanahmet:

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Traduza se puder !!!

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Praça em frente a estação do ferry boat:

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Vendedor ambulante vendendo pão com peixe e salada:

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A mesquita Yeni Cami, vista do outro lado da ponte:

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A noite, fui no Çemberlitas Hamam (a cedilha pronuncia-se "tch"), um dos vários "banhos turcos" existentes na cidade. Este foi construído no século XVI. Os banhos turcos são uma espécie de sauna a vapor. Esta foi uma influência dos romanos.

Este Hamam (banho turco) tinha o setor masculino e o feminino. Recebi a chave de um pequeno quarto, onde deveria tirar a roupa e me enrolar nestas toalhas, como mostra esta foto ridícula abaixo:

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Depois, entrei no Hamam, que é uma sauna enorme toda de mármore. No centro da sauna, uma espécie de mesa redonda de mármore onde cabiam umas 20 pessoas deitadas. O funcionário do lugar de tempos em tempos molhava as pessoas com água fria e começava a esticar as pernas e braços das pessoas, fazendo tudo estalar.

Saindo de lá, fui tomar uma cerveja no terraço do albergue com o Rafael, e fui dormir.

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