A noite no aeroporto de Heathrow em Londres foi looooooonga. Fiquei tentando arrumar alguma coisa pra fazer o tempo andar mais rápido, mas não adiantou muito. Chegou umas 3 da manhã e fiquei bem cansado, mas não havia um banco onde descansar deitado. Sentei num dos bancos e dei no máximo algumas cochiladas.
As 6 da manhã deu a hora do checkin, e às 7h o avião da British Airways decolou. O vôo demorou 4 horas e cheguei às 13h em Istanbul, pois tinha mais duas horas de fuso horário.
Eu estava ansioso para conhecer a Turquia. As primeiras impressões que tive de Istanbul eu li no livro "A Fantástica Volta ao Mundo", do Zeca Camargo. Ele se mostrou um apaixonado pela cidade, e as atrações descritas por ele no livro, como a Mesquita Azul e a Cisterna Romana, pareciam ser mesmo incríveis. Desde então, a Turquia entrou para a minha "Wish list".
Passei pela imigração sem precisar responder a nada (e realmente não precisaria, convenhamos !). Troquei euros por liras turcas numa casa de câmbio. O idioma turco anunciado pelo sistema de som do aeroporto parecia japonês, não dava nem pra desconfiar do que se tratava.
Peguei um ônibus "frescão" até o centro da cidade. Durante o trajeto, já vi coisas bem legais, e tirei estas fotos:
Desci no ponto final do ônibus. Peguei um taxi para chegar até o bairro de Sultanahmet, onde ficava o albergue. Para um mochileiro, isso seria um pecado mortal, mas como a Turquia é um país com preços equivalentes ao do Brasil, eu podia me dar a esse pequeno "luxo". Tento evitar ao máximo porque, além de normalmente ser caro, nem sempre são honestos com o caminho. Mas no caso de Istanbul, não havia metrô perto do albergue, e eu não tinha idéia de como poderia chegar lá sem ser de taxi.
Antes de viajar, eu procuro memorizar as frases de sobrevivência na língua local. Pelo menos "Você fala inglês" na língua local tem que saber falar. No caso do turco, demorei várias semanas para conseguir memorizar "İngilizce konuşur musunuz ?" (o "ş" tem som de "sh"). Linguinha desgramada essa !!!
Outra coisa que procurei memorizar foi "muito obrigado" em turco (tesekkür ederim). Acho muito mais simpático dizer obrigado na lingua local, do que o manjado "thank you".
Essa foi a primeira coisa que falei quando entrei no taxi: "İngilizce konuşur musunuz ?". Eu estata ansioso pra ver se havia conseguido pronunciar da maneira correta. Não é que funcionou ?? O taxista respondeu em turco: "hayır" (não). Eu, muito espertamente, já tinha escrito num pedaço de papel o nome da rua do albergue (Kutlu Gun Sokak). O caminho que o taxi fez até lá foi fantástico, passou por uma ponte enorme e vi várias mesquitas. "Tesekkür ederim", disse ao taxista, que abriu um sorriso e agradeceu a corrida.
Achei o albergue (Istanbul Hostel) muito bom. Limpo, silencioso, bem localizado, e ainda tinha um terraço com um bar onde a galera fazia a social. Paguei apenas 12 dólares a diária.
Tomei um banho e saí ansioso para conhecer a cidade que já se chamou Bizâncio na época do Império Romano e Costantinopla quando era capital do poderoso Império Otomano. Istanbul é considerada o "portal do oriente", por estar exatamente no ponto onde a Europa faz limite com a Asia. Era minha primeira vez também num país islâmico. Com certeza, muita coisa diferente me esperava.
Este era o albergue:
Uma das ruas próximas ao albergue, no bairro de Sultanahmet. Muitos hotéis, bares, restaurantes e lojas de souvenirs:
Uma das ruas de Sultanahmet com casas coloridas:
A Aya Sofia foi uma igreja bizantina construída no século VI, e depois convertida em mesquita quando a cidade foi tomada pelo Império Otomano em 1453. Na década de 30, foi convertida em museu.
A linda Mesquita Azul. Os turistas podiam visitar o interior dela, desde que não fosse momento de oração.
Um cartaz informava aos turistas as regras para entrar na mesquita: tirar os sapatos (carregando num saco plástico), homens só de calça comprida, mulheres só de saia comprida e véu na cabeça.
O interior da mesquita é belíssimo. Enorme, e todo acarpetado. Mesmo não sendo hora de oração, dei a sorte de ver alguns islâmicos rezando agachados, voltados para Meca.
Esta é a área reservada para as mulheres rezarem. Muito menor que a dos homens.
Comi um kebab (na terra do kebab !!!), muito bom !!!
Zero de favela, zero de pobreza. Istanbul estava mais para Leste Europeu do que para Oriente Médio.
Caminhando no final da tarde pelas ruas de Sultanahmet, de repente os minaretes das mesquitas começaram a convocar os fiéis para a oração. Muitos entravam nas mesquitas, e outros se ajoelhavam na praça onde eu estava, em cima de um tapete. Fiquei impressionado com a fé que eles tem. É quase um sentimento de entrega. Eles param tudo o que estão fazendo em nome da fé.
A noite, fui tomar um chope com um australiano e um americano que conheci no quarto. Fomos num bar próximo ao albergue bem maneiro. Tomamos várias cervejas. Me chamou a atenção que, de repente, o minarete da Mesquita Azul começou a tocar de novo, e a atendente do bar diminuiu a música durante alguns minutos, até a oração acabar. E aí ela aumentou de novo o som. Deve ser uma regra por lá.
Provei o raki, que é a bebida típica da Turquia. É feito de anis, muito forte. Parece uma cachaça, mas pingando água, ganha uma cor de leite. Fiquei doidão, e nem lembro direito como voltei pro albergue. Pior, não lembro de ter pago nada no bar. Será que dei balão ? Será que os gringos pagaram pra mim ? Nunca vou saber, pois não vi os dois mais no albergue !!! hahaha.
As 6 da manhã deu a hora do checkin, e às 7h o avião da British Airways decolou. O vôo demorou 4 horas e cheguei às 13h em Istanbul, pois tinha mais duas horas de fuso horário.
Eu estava ansioso para conhecer a Turquia. As primeiras impressões que tive de Istanbul eu li no livro "A Fantástica Volta ao Mundo", do Zeca Camargo. Ele se mostrou um apaixonado pela cidade, e as atrações descritas por ele no livro, como a Mesquita Azul e a Cisterna Romana, pareciam ser mesmo incríveis. Desde então, a Turquia entrou para a minha "Wish list".
Passei pela imigração sem precisar responder a nada (e realmente não precisaria, convenhamos !). Troquei euros por liras turcas numa casa de câmbio. O idioma turco anunciado pelo sistema de som do aeroporto parecia japonês, não dava nem pra desconfiar do que se tratava.
Peguei um ônibus "frescão" até o centro da cidade. Durante o trajeto, já vi coisas bem legais, e tirei estas fotos:
Desci no ponto final do ônibus. Peguei um taxi para chegar até o bairro de Sultanahmet, onde ficava o albergue. Para um mochileiro, isso seria um pecado mortal, mas como a Turquia é um país com preços equivalentes ao do Brasil, eu podia me dar a esse pequeno "luxo". Tento evitar ao máximo porque, além de normalmente ser caro, nem sempre são honestos com o caminho. Mas no caso de Istanbul, não havia metrô perto do albergue, e eu não tinha idéia de como poderia chegar lá sem ser de taxi.
Antes de viajar, eu procuro memorizar as frases de sobrevivência na língua local. Pelo menos "Você fala inglês" na língua local tem que saber falar. No caso do turco, demorei várias semanas para conseguir memorizar "İngilizce konuşur musunuz ?" (o "ş" tem som de "sh"). Linguinha desgramada essa !!!
Outra coisa que procurei memorizar foi "muito obrigado" em turco (tesekkür ederim). Acho muito mais simpático dizer obrigado na lingua local, do que o manjado "thank you".
Essa foi a primeira coisa que falei quando entrei no taxi: "İngilizce konuşur musunuz ?". Eu estata ansioso pra ver se havia conseguido pronunciar da maneira correta. Não é que funcionou ?? O taxista respondeu em turco: "hayır" (não). Eu, muito espertamente, já tinha escrito num pedaço de papel o nome da rua do albergue (Kutlu Gun Sokak). O caminho que o taxi fez até lá foi fantástico, passou por uma ponte enorme e vi várias mesquitas. "Tesekkür ederim", disse ao taxista, que abriu um sorriso e agradeceu a corrida.
Achei o albergue (Istanbul Hostel) muito bom. Limpo, silencioso, bem localizado, e ainda tinha um terraço com um bar onde a galera fazia a social. Paguei apenas 12 dólares a diária.
Tomei um banho e saí ansioso para conhecer a cidade que já se chamou Bizâncio na época do Império Romano e Costantinopla quando era capital do poderoso Império Otomano. Istanbul é considerada o "portal do oriente", por estar exatamente no ponto onde a Europa faz limite com a Asia. Era minha primeira vez também num país islâmico. Com certeza, muita coisa diferente me esperava.
Este era o albergue:
Uma das ruas próximas ao albergue, no bairro de Sultanahmet. Muitos hotéis, bares, restaurantes e lojas de souvenirs:
Uma das ruas de Sultanahmet com casas coloridas:
A Aya Sofia foi uma igreja bizantina construída no século VI, e depois convertida em mesquita quando a cidade foi tomada pelo Império Otomano em 1453. Na década de 30, foi convertida em museu.
A linda Mesquita Azul. Os turistas podiam visitar o interior dela, desde que não fosse momento de oração.
Um cartaz informava aos turistas as regras para entrar na mesquita: tirar os sapatos (carregando num saco plástico), homens só de calça comprida, mulheres só de saia comprida e véu na cabeça.
O interior da mesquita é belíssimo. Enorme, e todo acarpetado. Mesmo não sendo hora de oração, dei a sorte de ver alguns islâmicos rezando agachados, voltados para Meca.
Esta é a área reservada para as mulheres rezarem. Muito menor que a dos homens.
Comi um kebab (na terra do kebab !!!), muito bom !!!
Zero de favela, zero de pobreza. Istanbul estava mais para Leste Europeu do que para Oriente Médio.
Caminhando no final da tarde pelas ruas de Sultanahmet, de repente os minaretes das mesquitas começaram a convocar os fiéis para a oração. Muitos entravam nas mesquitas, e outros se ajoelhavam na praça onde eu estava, em cima de um tapete. Fiquei impressionado com a fé que eles tem. É quase um sentimento de entrega. Eles param tudo o que estão fazendo em nome da fé.
A noite, fui tomar um chope com um australiano e um americano que conheci no quarto. Fomos num bar próximo ao albergue bem maneiro. Tomamos várias cervejas. Me chamou a atenção que, de repente, o minarete da Mesquita Azul começou a tocar de novo, e a atendente do bar diminuiu a música durante alguns minutos, até a oração acabar. E aí ela aumentou de novo o som. Deve ser uma regra por lá.
Provei o raki, que é a bebida típica da Turquia. É feito de anis, muito forte. Parece uma cachaça, mas pingando água, ganha uma cor de leite. Fiquei doidão, e nem lembro direito como voltei pro albergue. Pior, não lembro de ter pago nada no bar. Será que dei balão ? Será que os gringos pagaram pra mim ? Nunca vou saber, pois não vi os dois mais no albergue !!! hahaha.
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